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Cade aprova a compra da SulAmérica pela Rede D'Or sem restrições

Aquisição de R$ 13 bilhões é a maior da rede desde sua estreia na Bolsa brasileira

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Alberto Alerigi Jr.
São Paulo | Reuters

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou por maioria nesta quarta-feira (14) a compra da operadora de planos de saúde SulAmérica pelo grupo hospitalar Rede D’Or, sem restrições.

A Rede D’Or anunciou a aquisição da SulAmérica no fim de fevereiro, numa transação toda em ações que avaliou a empresa de planos de saúde na época em cerca de R$ 13 bilhões. O negócio também marcou a maior aquisição da Rede D’Or desde que a companhia estreou na B3, em dezembro de 2020, com uma oferta inicial de ações (IPO) de R$ 11,5 bilhões.

A superintendência do Cade já havia recomendado em novembro aval à transação sem restrições. A Susep (Superintendência de Seguros Privados) também aprovou a aquisição em agosto. O negócio ainda precisa do sinal verde da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Entrada do prédio da Sulamérica - Divulgação

Seis conselheiros do Cade, incluindo o relator do caso, Luiz Hoffmann, e o presidente, Alexandre Macedo, votaram pela aprovação sem restrições. A conselheira Lenisa Prado votou pela aprovação, desde que a empresa de administração de benefícios Qualicorp fosse excluída do grupo resultante.

As ações da Rede D’Or fecharam o dia em alta de 4,91%, e as da SulAmérica, de 5,06%.

Antes do julgamento, tradicionais grupos hospitalares, como Einstein, Sírio Libanês e Mater Dei, manifestaram contrariedade ao negócio, questionando a necessidade de o Cade julgar o processo neste momento faltando ainda mais de cem dias para o término do prazo legal, que vence em fevereiro.

O representante do Sírio Libanês citou uma "celeridade incomum" no Cade e erros na metodologia que balizou as recomendações da superintendência-geral.

No entanto, Hoffmann afirmou que "não há justificativa econômica para que a SulAmérica descredencie concorrentes" da Rede D’Or já que a receita da operadora é insuficiente para manter o grupo por si só e por isso a rede de hospitais precisa atender outros planos.

Os conselheiros Victor Fernandes e Gustavo de Lima citaram riscos de troca de informações sensíveis de rivais da Rede D’Or que eventualmente podem ser obtidas pela SulAmérica no âmbito de seus negócios regulares, como as que envolvem médicos. Mas consideraram que cabe à ANS regular o setor.

O aval ocorre quase um ano após a autarquia aprovar a compra da Notre Dame Intermédica pela Hapvida, que criou a maior empresa verticalizada de saúde do país.

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