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Estilo de vida de mulheres emite menos gases de efeito estufa, diz economista

Em 2021, homens solteiros emitiram, em média, 10 toneladas; mulheres, cerca de 8

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Paris | AFP

As mulheres têm um estilo de vida que as leva, em média, a emitir menos gases de efeito estufa do que os homens, segundo um artigo de uma economista consultado pela AFP nesta terça-feira (7).

"Há estudos que mostram as disparidades de gênero nos comportamentos responsáveis pela origem das emissões de gases de efeito estufa e nas consequências das mudanças climáticas", explica Oriane Wegner, autora do artigo, que será publicado na quarta-feira (8) no site do Banco da França.

Wegner admite, no entanto, que mais do que o gênero, o nível de renda exerce "um papel mais importante", assim como o local de residência —urbano ou rural.

O artigo foi antecipado pelo jornal francês Libération.

A manifestação Marcha das Mulheres, na avenida Paulista, em 2014; origem do Dia Internacional da Mulher está ligado a protestos - Apu Gomes - 8.mar.2014/Folhapress

Especialista em economia climática do Banco da França, Wegner afirma se basear em um estudo sueco de 2021 que diz que as tendências de consumo dos homens "causam em média 16% mais gases de efeito estufa" do que as das mulheres.

Os homens comem mais carne do que as mulheres (67% dos franceses vegetarianos são mulheres), usam mais o carro e gastam mais em bens de consumo.

"Os homens são mais suscetíveis a viajar de férias para destinos mais distantes e a fazê-lo de carro", disse Wegner à AFP. Da mesma forma, "as emissões de CO2 vinculadas ao avião são um pouco maiores no caso dos homens", acrescentou.

"Do lado das mulheres, observam-se gastos em bens e serviços com menores níveis de emissões, como cuidados e saúde", detalhou Wegner.

Em 2021, os homens solteiros emitiram, em média, dez toneladas de gases de efeito estufa, contra pouco mais de oito toneladas para as mulheres solteiras, apesar de seu gasto ser "apenas 2%" superior ao dessas mulheres.

Ao mesmo tempo, as consequências são desiguais.

Segundo estudos da ONU citados por Wegner, 80% das pessoas que tiveram que deixar suas casas em decorrência de eventos climáticos extremos são mulheres.

"As políticas públicas nacionais e os marcos de atuação internacional seriam mais efetivos se as interações entre gênero e meio ambiente fossem levadas em conta para reforçar sua eficácia", conclui a autora do artigo.

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