Siga a folha

Descrição de chapéu Banco Central copom

Transição no BC sem arroubo político é importante diante de cenário externo desafiador, diz Durigan

Secretário-Executivo da Fazenda defendeu também a autonomia do Banco Central

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse que uma transição de comando no Banco Central "sem arroubo político" ajuda a proteger o Brasil diante de "um cenário externo muito desafiador".

Ele fez a avaliação na abertura do seminário "Políticas Industriais no Brasil e no Mundo", realizado nesta terça-feira (6) na Confederação Nacional da Indústria, em Brasília. Durigan representou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que está de férias.

"Somos a favor da autonomia do Banco Central porque ela garante que não haja oposição política no Banco Central, que haja dialogo técnico, que haja entendimento. Isso é muito importante nesse momento do país", afirmou.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, em evento na CNI para discutir políticas industriais no mundo - Folhapress

O mandato do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, termina no fim deste ano e ele defende que o novo nome seja indicado ainda neste mês para suavizar o processo de transição.

Campos Neto foi o primeiro presidente do BC autônomo e foi escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O nome a ser indicado por Lula será o primeiro escolhido por ele sob as novas regras da autoridade monetária.

A equipe econômica vê a mudança de comando no Banco Central como uma espécie de segunda transição no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) —a primeira ocorreu quando o petista foi eleito, em 2022, e começou a definir seu ministério e medidas econômicas.

O cenário externo, prosseguiu Durigan, é "de muita volatilidade e incerteza no mundo". Ele apontou a gangorra envolvendo a queda dos juros nos Estados Unidos como principal razão para isso.

No começo do ano, lembrou, a expectativa era que os juros por lá diminuíssem ainda no primeiro semestre. Essa esperança caiu e chegou-se a cogitar que não haveria redução dos juros nos EUA em 2024.

"Nos últimos dez dias vimos o contrário, que talvez juro tenha demorado para cair e EUA talvez esteja entrando em recessão", apontou.

O medo de uma recessão nos Estados Unidos, que veio após dados econômicos fracos divulgados na tarde dessa sexta (2), levou a uma queda mundial no mercado financeiro na segunda (5), primeiro dia de pregão após a divulgação dos resultados sobre o mercado de trabalho norte-americano. Nesta terça, a Bolsa de Tóquio se recuperou com forte alta de 10,23%, um dia após registrar o pior resultado desde 1987.

Na visão da equipe econômica, antecipar a indicação do sucessor de Campos Neto seria um passo na tentativa de reduzir o preço embutido nessa troca e dar, desde já, sinalizações importantes sobre o futuro da política monetária.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas