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Refugiados venezuelanos realizam ato contra xenofobia em Roraima

Grupo de venezuelanos protesta nesta sexta (9) contra xenofobia após dois atentados à comunidade em Boa Vista (RR) - Divulgação

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Manaus

Assustados com dois ataques violentos nos últimos dias, dezenas de venezuelanos refugiados em Boa Vista (RR) e simpatizantes realizaram ato nesta sexta-feira (9) pedindo paz e melhor convivência na cidade.

"Estamos muito indignados e queremos uma investigação mais profunda", diz o músico e produtor cultural Benjamin Mast, 36, um dos organizadores. "Foram atos terroristas para provocar medo."

Ao longo desta semana, duas casas ocupadas por imigrantes venezuelanos no bairro Mecejana foram atacadas com fogo. Os atentados, que deixaram cinco feridos com queimaduras de até segundo grau, são tratados como tentativas de homicídio.

Mast afirma que a ideia do ato é reavivar a convivência pacífica entre brasileiros e venezuelanos. "O brasileiro já não responde amavelmente nos semáforos ao venezuelano que limpa vidro, vende biscoito ou pede ajuda. Sente que está sendo invadido."

O primeiro ataque ocorreu às 4h de segunda-feira (5). Um casal dormia em redes na varanda da casa quando o criminoso jogou um líquido inflamável e em seguida ateou fogo, segundo a Polícia Civil.

No segundo caso, às 5h de quinta-feira (8), o criminoso fez o ataque através de uma janela aberta. O fogo atingiu um casal e o seu filho de 3 anos, que foi internado.

O delegado Cristiano Camapum disse que os ataques foram realizados pela mesma pessoa, já identificada. O chefe da delegacia de homicídios afirmou que um ataque recente a um posto de lavagem de veículos teria a mesma autoria --mas sem venezuelanos envolvidos.

Atualmente, cerca de 40 mil venezuelanos vivem em Boa Vista —12% da população estimada da cidade.

Na sexta, em entrevista a uma rádio gaúcha, o presidente Michel Temer disse que o Brasil e o país vizinho passam por um embate diplomático.

"A Venezuela não foi admitida no Mercosul [sic] exatamente em face do que está ocorrendo por lá", disse, em alusão à decisão dos demais países-membros de suspender Caracas.

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