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Diplomata brasileiro é demitido após ser preso por suspeita de agredir mulher

Renato de Ávila Viana responde por atos semelhantes anteriores

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Brasília

O diplomata Renato de Ávila Viana foi demitido do cargo de primeiro-secretário do Itamaraty após ter sido preso nesta quarta-feira (19) por suspeita de agredir uma mulher em Brasília.

Vizinhos chamaram a polícia depois de ouvirem uma mulher pedindo socorro dentro de um apartamento na Asa Norte. Ao chegarem ao local, os policiais pediram que a porta fosse aberta, o que não ocorreu, segundo a Polícia Militar. A porta foi arrombada, e Viana foi preso em flagrante. 

Na delegacia, ele foi liberado após pagar fiança de R$ 1.000, de acordo com a polícia.

Segundo os policiais, a mulher que estava no apartamento tinha lesões aparentes no braço.

Palácio do Itamaraty, em Brasília - Pedro Ladeira/Folhapress

A advogada Dênia Magalhães, responsável pela defesa de Viana, disse que ele nega lesão corporal.

Afirmou, ainda, que a mulher, namorada dele, teria surtado devido à possibilidade de ser internada em clínica psiquiátrica pela mãe. Renato tentou segurá-la, segundo a advogada.

A defesa afirmou, ainda, que ele não decidiu se tentará reverter a demissão na Justiça.

O apartamento no qual ocorreu a prisão em flagrante é funcional e, por isso, deverá ser deixado por Viana após a demissão. Segundo a defesa dele, a namorada passava "temporadas" no local.

A Associação dos Diplomatas Brasileiros divulgou nota na qual lembra que Viana "já responde por atos semelhantes anteriores" e manifestou "repúdio a quaisquer atos de violência e discriminação contra as mulheres".

"Em diversas oportunidades, a ADB Sindical manifestou preocupação junto à alta esfera do Ministério das Relações Exteriores (MRE) diante dos atos de agressão repetidamente praticados pelo diplomata Renato de Ávila Viana. A valorização e o respeito às mulheres são premissas fundamentais desta entidade", diz a nota assinada pela presidente da associação, Vitoria Cleaver.

Procurado para comentar a demissão, o Itamaraty informou que foi concluído um processo de apuração.

A assessoria de imprensa do órgão disse que não comentará o assunto, tampouco investigações de casos anteriores ao desta quarta-feira.

Em janeiro, o Grupo de Mulheres Diplomatas Brasileiras, coletivo informal com mais de 90 membros, promoveu uma vaquinha para arrecadar verba para pagar o tratamento dentário de uma mulher que acusa Viana, seu ex-namorado, de tê-la agredido. Ela conta ter perdido um dente da frente após agressão dele. 

Na ocasião, Viana disse que ainda não tinha tido a oportunidade de se manifestar no processo e que arcaria com os custos de dentista, se ficasse comprovada a agressão.

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