Sob Araújo, Itamaraty diz que novo mandato de Maduro é ilegítimo
Ditador venezuelano assume novo mandato sob suspeita de ter fraudado eleições
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Na primeira manifestação na gestão do chanceler Ernesto Araújo, o Itamaraty publicará uma nota afirmando que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assume, nesta quinta-feira (10), um novo mandato ilegítimo.
Na nota, "o Brasil reafirma seu pleno apoio à Assembleia Nacional, órgão constitucional democraticamente eleito, ao qual neste momento incumbe a autoridade executiva na Venezuela, de acordo com o Tribunal Supremo de Justiça legítimo daquele país".
Maduro esvaziou a Assembleia Nacional, controlada pela oposição, substituindo-a na prática pela Assembleia Nacional Constituinte, eleita também sob suspeita de fraude.
"O Brasil confirma seu compromisso de continuar trabalhando para a restauração da democracia e do estado de direito na Venezuela, e seguirá coordenando-se com todos os atores comprometidos com a liberdade do povo venezuelano", concluiu o Ministério de Relações Exteriores.
O ditador venezuelano assumiu nesta quinta novo mandato, até 2025, sob forte suspeita de ter fraudado o resultado das eleições de maio.
O pleito ocorreu sem observadores internacionais, com vários líderes opositores impedidos de participar e a desaprovação dos países vizinhos reunidos no Grupo de Lima (exceto o México), dos EUA e da União Europeia.
Na sexta-feira passada (4), os chanceleres do Grupo de Lima assinaram um documento em que acordaram em não reconhecer a "legitimidade do novo mandato" de Maduro.
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