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Engarrafamento de montanhistas causa ao menos dez mortes no Everest

Foto mostra fila de escaladores que procuram o pico durante o clima mais ameno

Foto feita pelo escalador Nirmal Purja mostra engarrafamento de montanhistas no Everest - 22.mai.19-AFP/Project Possible

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Katmandú (Nepal) | AFP

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Um alpinista britânico e outro irlandês morreram no Everest, pico mais elevado do planeta, elevando a dez o número de vítimas desta temporada.

 

Também morreram um alpinista americano, um austríaco, um nepalês e quatro indianos. Um irlandês está desaparecido e foi dado como morto depois de cair perto do pico.

Atraídos por dias de clima mais claro, quase 600 alpinistas alcançaram o topo do Everest até sexta-feira (24), de acordo com as autoridades nepalesas, na esperança de escalar a montanha, de 8.848 metros.

Nesta temporada, o Nepal emitiu 381 autorizações para escaladores, segundo a AFP. Elas custam cerca de US$ 11 mil, e os montanhistas são acompanhados de guias locais. Como cada titular da permissão é acompanhado por um guia, mais de 750 pessoas estão na rota para a escalada.

Esse grande fluxo, porém, cria perigosos engarrafamentos na chamada "zona da morte" —onde ao menos quatro pessoas morreram. Uma altitude de 8.000 metros acima do nível do mar é considerada a "zona da morte".

Uma foto mostra uma longa fila de montanhistas esperando para subir um trecho íngreme da rota para o cume. Publicada por Nirmal Purja no Instagram, traz na legenda um cálculo de que cerca de 320 pessoas estavam na fila.


Anjali Kulkarni, uma montanhista indiana de 55 anos, treinou durante seis anos para chegar ao topo do monte. Ela finalmente alcançou o cume nesta semana, mas morreu na volta.

Seu filho, Shantanu Kulkarni, disse à CNN que ela morreu depois de ficar presa em um "engarrafamento".

Os congestionamentos criam situações perigosas para os escaladores, que muitas vezes estão exaustos e carregam equipamento pesado enquanto lutam contra os enjoos de altitude. 

Na altura extrema, o oxigênio é mais escasso na atmosfera, e os alpinistas precisam recorrer a tubos de oxigênio para alcançar o topo.

"Permanecer muito tempo nela aumenta os riscos de congelamento e de sofrer o mal da altitude", explica à AFP Ang Tsering Sherpa, ex-presidente da Associação de Alpinistas do Nepal.

As autoridades nepalesas liberaram a escalada no Everest nos anos 1990. 

Tradução de Luiz Roberto Mendes Gonçalves 

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