Países prometem parar de vender armas para guerra na Líbia
Anúncio foi feito pela chanceler alemã Angela Merkel durante uma cúpula realizada em Berlim no domingo (19)
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Potências mundiais se comprometeram a parar de vender armas para os grupos que lutam na guerra civil da Líbia e, assim, respeitar um embargo declarado pela ONU.
“Este embargo será controlado mais estritamente do que tem sido”, disse a chanceler alemã Angela Merkel, que recebeu líderes de outros países para uma cúpula em Berlim no domingo (19).
O encontro reuniu presidentes e ministros dos países que apoiam, de modo direto ou não, os dois grupos em disputa no país, ou que são afetados pelo conflito, como Estados Unidos, Rússia, Itália e Turquia, além de autoridades da ONU e da União Europeia.
O Exército Nacional Líbio, comandado por Khalifa Haftar, tem apoio do Egito, Emirados Árabes Unidos, mercenários russos e soldados africanos. O grupo disputa o controle da capital, Trípoli.
A Turquia apoia Fayez al-Serraj, que lidera um governo reconhecido por vários países. Ancara enviou tropas para Trípoli para ajudar o governo de Serraj a resistir aos ataques de Haftar.
Haftar compareceu a Berlim, mesmo depois de abandonar negociações para uma possível trégua, na semana passada. Ele não se encontrou com Serraj, segundo Merkel.
Ao final do encontro, os países participantes divulgaram um comunicado com um pedido de cessar-fogo permanente, e disseram que a ONU organizará conversas entre representantes militares líbios dos dois lados.
Líderes dos EUA, da Rússia e da Itália disseram estar otimistas de que o encontro possa abrir caminho para chegar a um cessar-fogo.
Um pedido de trégua feito na semana passada pela Rússia e pela Turquia, reduziu a intensidade dos combates.
A reunião acabou eclipsada, no entanto, por um bloqueio a campos de petróleo da Líbia, feito pelas tropas de Haftar. A ação reduziu a produção de petróleo do país em 72 mil barris diários. Mesmo em guerra, a Líbia produz 1,2 milhão de barris por dia.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, disse que os dois líderes líbios chegaram a um acordo para remover o bloqueio, mas não citou prazos para que isso aconteça.
A Líbia não tem um governo estável desde a morte do ditador Muammar Gaddafi, em 2011. Por mais de cinco anos anos, teve dois governos rivais, um no oeste e outro no leste, com as ruas controladas por grupos armados.
A crise na Líbia ajudou a aumentar o número de refugiados que tentam ir para a Europa, especialmente via Itália.
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