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Família de médico brasileiro detido no Egito pede desculpas por ofensa sexual a vendedora

Em nota assinada por irmãos e pela mulher dele, eles prometem reparar danos morais e materiais

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São Paulo

Familiares do médico brasileiro Victor Sorrentino, detido no Egito acusado de ofensa sexual após publicar em suas redes sociais um vídeo no qual ofende uma vendedora muçulmana, divulgaram um pedido de desculpas público.

A nota, escrita em inglês e árabe e postada nesta quinta-feira (3) na rede social da irmã de Victor, Patrícia, é assinada por ela e por mais cinco pessoas, incluindo a mulher do médico, Kamila Monteiro.

Detalhe de vídeo publicado pelo médico brasileiro Victor Sorrentino em redes social mostra ofensa a vendedora egípcia - Reprodução

"Nós, família de Victor Sorrentino, e em nome de Victor oferecemos um pedido de desculpas oficial à vítima, à sua família e a todos os envolvidos", diz o texto.

Eles também pedem desculpas ao povo egípcio e às autoridades do país e prometem "consertar todos os danos morais e materiais".

A carta foi redigida por membros da família que estão no Egito e também foi entregue às autoridades do país, segundo uma nota enviada posteriormente à Folha.

Nesta nota, a família Sorrentino afirma que "está consternada, mas aguarda esperançosa os desdobramentos do caso". Há, ainda, agradecimentos a "amigos, pacientes e admiradores" do médico e ao "apoio do corpo diplomático brasileiro, que tem sido incansável em solucionar a questão".

Sorrentino, que possui quase 1 milhão de seguidores no Instagram, postou um vídeo em sua rede social em que conversava em português com uma vendedora de papiros. “Vocês gostam mesmo é do bem duro, né?”, pergunta o médico. “Comprido também fica legal, né? O papiro comprido.” Sem entender o idioma, ela responde que sim, sorri e é alvo de risadas do médico e de seus acompanhantes brasileiros.

Após a repercussão do caso, Sorrentino publicou um vídeo em que tenta justificar o episódio, dizendo ter se tratado de uma brincadeira, e tornou seu perfil privado.

Nesta terça-feira (1º), o Ministério Público do Egito prorrogou por quatro dias a prisão preventiva do brasileiro, enquanto aguarda as investigações.

O órgão informou que Sorrentino é acusado de fazer insinuações sexuais, "atacando os preceitos e os valores da família e da sociedade egípcia, violando a vida privada da vendedora e utilizando uma conta eletrônica para cometer esses crimes”.

Em nota enviada por Patrícia à Folha no último dia 1º, os escritórios André Maya Advocacia & Compliance e Rech, Moraes & Oliveira Advogados Associados disseram que a família "está consternada com o desencontro de informações, porém determinada a contribuir com as autoridades egípcias para esclarecer o ocorrido e resolver a situação com a maior brevidade possível".

O texto informava ainda que foi contratado um advogado egípcio para atuar na defesa de Sorrentino.

O médico ficou conhecido por ser defensor do chamado tratamento precoce para a Covid-19 e deu entrevistas defendendo a hidroxicloroquina, medicamento ineficaz para a doença. Os próprios fabricantes do remédio não recomendam o uso contra o coronavírus, e, em outubro do ano passado, a Organização Mundial da Saúde rejeitou de forma conclusiva e contraindicou "fortemente" a utilização da droga para pacientes com Covid.

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