Na véspera de visita a Putin, Xi fala em 'amizade eterna' com Rússia
Em artigo em jornal estatal russo, líder chinês destaca prioridade de relações, volta a propor plano de paz para Ucrânia e critica EUA
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Em artigo para o jornal estatal russo, o líder chinês Xi Jinping reafirmou a aliança com o presidente Vladimir Putin e disse que a proposta da China para paz na Ucrânia "reflete a unidade da visão da comunidade global sobre o conflito".
No artigo na Rossiiskaya Gazeta, publicado um dia antes de o líder chinês chegar a Moscou para uma visita de Estado, a primeira desde o início da Guerra da Ucrânia, Xi afirma que "China e Rússia consideram suas relações bilaterais uma das principais prioridades de sua diplomacia". Nos últimos dez anos, Xi fez oito visitas à Rússia.
Poucos dias depois de o Tribunal Penal Internacional expedir um mandado de prisão contra Putin, acusado de crimes de guerra, o líder chinês disse que China e Rússia "aderem ao conceito de amizade eterna e cooperação mutuamente benéfica".
"Problemas complexos não têm soluções fáceis", escreveu Xi sobre o conflito na Ucrânia.
Os chineses propuseram um plano de paz de 12 pontos em fevereiro. A Ucrânia, no entanto, não considera a China um país neutro, uma vez que a potência asiática não condenou a invasão. Além disso, ucranianos rechaçaram o plano, que fala em suspender as sanções contra a Rússia sem que Putin devolva à Ucrânia os territórios que invadiu desde 24 de fevereiro de 2022.
Os EUA afirmam que a China planeja enviar armas para a Rússia.
No texto, ele faz críticas veladas aos Estados Unidos, dizendo que a comunidade internacional sabe "que nenhum país no mundo é superior aos outros, não há um modelo universal de governo onde a palavra definitiva pertence a um país individualmente".
Referindo-se ao conflito na Ucrânia, Xi voltou a pedir "respeito" às preocupações de todos os países em relação à segurança, ecoando observações russas sobre ameaça da Otan.
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