Infográficos detalham infraestrutura de Gaza, que vive guerra permanente
De aeroporto destruído a déficit crônico de energia elétrica, território acumula marcas de conflitos recorrentes com Israel
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As noites para os 2,2 milhões de habitantes de Gaza só não têm sido de completa escuridão desde o último dia 11 porque geradores oferecem o mínimo de luz elétrica para instalações essenciais, como hospitais.
Com a guerra, Israel suspendeu seu fornecimento, do qual o território palestino depende parcialmente, e interrompeu o fluxo de combustível, o que provocou a paralisação das atividades da única usina de Gaza. Se o cerco se mantiver e o estoque de combustível acabar, também os geradores vão parar, e o blecaute será total.
O problema crônico de eletricidade é apenas um dentre as várias carências de infraestrutura local, consequência dos recorrentes conflitos. O aeroporto internacional Yasser Arafat, por exemplo, foi destruído em 2002 durante a reação israelense à Segunda Intifada (levante palestino de 2000 a 2005) e nunca mais voltou a operar.
Na guerra atual, estações de tratamento de água foram atingidas por bombardeios de Tel Aviv, o que reduziu o abastecimento público a menos de 5% do nível pré-guerra,.
Tal precariedade causa impacto direto nos superlotados abrigos. Ao menos 1,3 milhão de pessoas estão precisando de ajuda humanitária, mais da metade da população total do território.
Os infográficos abaixo detalham a infraestrutura deficiente e mostram como Israel e Egito controlam o fluxo de bens e de pessoas. Os dois países chegaram a um acordo para permitir a entrada de 20 caminhões com mantimentos, neste sábado (21) —algo ainda muito distante de mudar o cenário de privação dos moradores de Gaza.
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