Diplomacia de Israel chama Lula de negacionista do Holocausto em rede social
Paulo Pimenta, da Secom, rebate acusação e diz que Netanyahu usa 'fake news' para combater isolamento internacional
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A diplomacia de Israel fez nesta terça-feira (20) uma publicação no X chamando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de "negacionista do Holocausto".
A declaração em tom ácido foi a resposta do perfil israelense à publicação de outro perfil, sem nenhuma ligação com a crise diplomática que, com uma imagem da bandeira do Brasil, perguntava: "O que vem à cabeça quando você pensa no Brasil?"
A conta oficial da diplomacia de Israel republicou a postagem e escreveu: "Antes ou depois do presidente Lula se tornar um negacionista do Holocausto?" Em pouco menos de três horas, a publicação de Israel teve mais de 700 mil visualizações, sendo repostada por 3.500 usuários da rede social.
A provocação pública de Israel ao presidente Lula, que teve o seu perfil no X marcado na publicação, acontece horas depois de o ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, fazer uma publicação em português em seu perfil cobrando um pedido de desculpas de Lula por sua declaração que comparou a guerra Israel-Hamas ao Holocausto nazista. Na publicação, Katz também marcou o perfil de Lula.
Apesar da definição de que a resposta do governo brasileiro à Israel seria diplomática, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, que esteve presente na reunião ministerial convocada por Lula logo após o seu retorno da viagem à África, rebateu a acusação da diplomacia israelense e acusou o governo Netanyahu de se valer de fake news para superar seu isolamento internacional. Assim como Katz, Pimenta também marcou os perfis oficiais do chanceler e do primeiro-ministro israelense na publicação.
"O chanceler de Israel, Israel Katz , distribui conteúdo falso atribuindo ao presidente Lula opiniões que jamais foram ditas por ele", disse Pimenta na publicação. "O governo Netanyahu se nutre da guerra para se manter no poder. A maioria da população israelense rejeita a política extremista do governo e a comunidade internacional cobra o fim dos ataques em Gaza. Isolado, o governo de Israel adota prática da extrema direita e aposta em fake news para tentar se reafirmar interna e internacionalmente."
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