Siga a folha

Descrição de chapéu

Campanha de Trump arrecada pelo menos US$ 400 milhões no 2º trimestre e se aproxima da de Biden

Captação de recursos do ex-presidente é recorde para o período e quase iguala quantia obtida em 2016 inteiro

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Sam Learner Eva Xiao Alex Rogers George Hammond
Nova York, Milwaukee e São Francisco | Financial Times

Grupos de captação de recursos alinhados ao ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump arrecadaram mais de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,17 bilhões) para sua campanha presidencial de abril a junho. O valor é recorde para o segundo trimestre e quase iguala as quantias captadas durante toda a sua campanha de 2016, de acordo com uma análise do Financial Times das declarações federais.

A cifra, que provavelmente aumentará após mais comitês de ação política (os chamados PACs, grupos que reúnem contribuições de campanha) prestarem contas no próximo fim de semana, é três vezes o total do primeiro trimestre e aproximadamente o dobro das contribuições do mesmo período na eleição de 2020.

O ex-presidente dos EUA Donald Trump no segundo dia da Convenção Nacional Republicana, em Milwaukee, Wisconsin - Getty Images via AFP

A grande entrada de recursos, que coloca o republicano no caminho para superar seu rival democrata, o presidente Joe Biden, veio de pequenos doadores após a condenação criminal de Trump em Nova York e de bilionários que se juntaram à sua campanha.

Mais de 450 mil doações foram feitas a grupos pró-Trump em 31 de maio, um dia após ele se tornar o primeiro ex-presidente da história dos EUA a ser considerado um criminoso. O número superou o recorde anterior, de cerca de 85 mil contribuições em um dia, após o republicano ser fichado na Geórgia e fotografado pela 1ª vez como réu, em agosto de 2023.

Biden vinha dominando a corrida por dinheiro na campanha, enquanto Trump usava o montante arrecadado para afastar rivais na primária republicana e pagar seus advogados. Até o fim de março, os grupos que apoiam o democrata haviam arrecadado um total de US$ 413 milhões (R$ 2,2, bilhões) em contribuições, e os grupos pró-Trump haviam amealhado cerca de US$ 326 milhões (R$ 1,8 bilhão).

Mais declarações para junho são esperadas nos próximos dias, o que provavelmente fornecerá um quadro mais completo da briga por captação de recursos entre as campanhas.

Os comitês alinhados com Biden que apresentaram relatórios do segundo trimestre na última segunda-feira (15) relataram ter arrecadado US$ 270 milhões (R$ 1,5 bilhão) no período, quase igualando o total de contribuições para a mesma fase da corrida de 2020.

Mais grupos, incluindo a campanha oficial do presidente e um dos principais PACs de Biden, devem relatar até este fim de semana, o que aumentará o total. No entanto, os democratas temem que a captação de recursos do presidente enfrente dificuldades após seu desempenho fraco em um debate contra Trump em 27 de junho.

As adversidades do republicano, incluindo seus julgamentos criminais e a tentativa de assassinato no último sábado (13), motivaram bilionários a doar, do Vale do Silício a Wall Street.

O herdeiro bancário Tim Mellon foi o maior doador divulgado de Trump, com US$ 75 milhões (R$ 407 milhões) para um super PAC pró-Trump, incluindo US$ 50 milhões (R$ 271,3 milhões) no dia seguinte à condenação do ex-presidente por falsificar registros comerciais para encobrir um caso com uma atriz pornô antes da eleição de 2016. Ike Perlmutter, ex-presidente da Marvel Entertainment, doou US$ 10 milhões (R$ 54,3 milhões) após o veredicto.

Esse ímpeto deve continuar no terceiro trimestre. Marc Andreessen e Ben Horowitz, fundadores da empresa de capital de risco Andreessen Horowitz e duas das figuras mais proeminentes do Vale do Silício, estão entre aqueles que agora planejam doar para a campanha de Trump, de acordo com uma pessoa com conhecimento de seus planos.

O par é mais democrata do que republicano, mas não está conseguindo avançar com o governo atual e vê mais promessa na visão de Trump para a tecnologia na América, segundo essa pessoa.

Após o ex-presidente ser alvo do ataque no sábado (13), Elon Musk e Bill Ackman o apoiaram publicamente, sinalizando a perspectiva de mais doações generosas.

Musk respondeu a uma reportagem do Wall Street Journal, que afirmava que ele planejava doar US$ 45 milhões (R$ 244,2 milhões) por mês para Trump pelo resto da campanha. Ele usou um meme na rede social X com as palavras "FAKE GNUS" [news]. Mas depois escreveu "Sim" em resposta a uma publicação que dizia: "Elon Musk passou de eleitor de Obama para se comprometer a doar US$ 180 milhões para eleger DJT [Donald John Trump] A esquerda woke realmente estragou tudo."

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas