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Quem é o general que anunciou formação de governo provisório em Bangladesh

Waker-Us-Zaman passou a ocupar a cargo no fim de junho e trabalhou de perto com a agora ex-primeira-ministra

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São Paulo

Pouco mais de um mês depois de se tornar chefe do Exército de Bangladesh, o general Waker-Us-Zaman foi colocado sob os holofotes ao anunciar a renúncia da primeira-ministra Sheikh Hasina, que fugiu do país nesta segunda-feira (5).

Em discurso televisionado, Zaman disse que, após discussões com "todos os partidos políticos", decidiu-se que um governo provisório seria formado. O general não deixou claro se os militares teriam um papel nesta transição.

Militares do Exército de Bangladesh em veículos blindados fazem guarda perto do Parlamento, em Daca, em meio a um toque de recolher - AFP

Bangladesh está mergulhado em uma crise desde o mês passado, quando protestos contra um controverso sistema de cotas em empregos públicos irromperam no país.

Ao longo das semanas, as manifestações se transformaram em uma campanha para buscar a saída de Hasina, que está no poder há 15 anos e, mais recentemente, foi reeleita para um quarto mandato consecutivo em janeiro. Mais de 300 pessoas foram mortas na violência.

Zaman, 58 anos, assumiu as funções de chefe do Exército em 23 de junho por um período de três anos —o mandato normal para o cargo.

Nascido em Daca, em 1966, ele é casado com Sarahnaz Kamalika Zaman, filha do general Muhammad Mustafizur Rahman, que foi chefe do Exército de 1997 a 2000. Zaman possui um mestrado em estudos de defesa pela Universidade Nacional de Bangladesh e um mestrado na mesma área no King's College, em Londres, de acordo com o site do Exército.

Antes de se tornar chefe do Exército, ele atuou como chefe do Estado-Maior Geral por pouco mais de seis meses —função na qual supervisionou, entre outras coisas, operações militares e inteligência, o papel de Bangladesh em operações de paz da ONU e orçamento.

Em uma carreira de três décadas e meia, ele também trabalhou de perto com Hasina, atuando como oficial principal da Divisão das Forças Armadas sob o gabinete da primeira-ministra. Enquanto protestos abalavam o país mais uma vez neste mês, Zaman convocou o pessoal do Exército para garantir a segurança das principais propriedades e instalações estatais.

Com Reuters

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