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UE afirma que vitória eleitoral de Maduro 'não pode ser reconhecida'

Bloco europeu pede 'verificação independente' dos resultados, mas não chega a reconhecer vitória da oposição

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Bruxelas | AFP

A vitória nas eleições presidenciais da Venezuela concedida oficialmente pela autoridade eleitoral ditador Nicolás Maduro "não pode ser reconhecida", afirmou a União Europeia neste domingo (4).

"Na ausência de provas que os sustentem, os resultados divulgados em 2 de agosto pelo Conselho Nacional Eleitoral não podem ser reconhecidos", indicou o Conselho da União Europeia, que reúne ministros dos 27 países membros, em um comunicado, com pedidos por uma "verificação independente".

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, discura em Caracas - Reuters

Na véspera, sete países da UE (Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Polônia e Portugal) emitiram comunicado conjunto em que instaram as autoridades venezuelanas a "publicarem rapidamente todos os registros" da eleição presidencial, a fim de "garantir total transparência" no processo.

Os posicionamentos do bloco europeu aumentam a pressão sobre o regime de Maduro, que até agora não apresentou resultados discriminados por zona eleitoral e mesa de votação. Mesmo sem esses documentos, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou a reeleição de Maduro com 52% dos votos, contra 43% de González, com 97% das urnas apuradas.

A oposição afirma ter tido acesso a esses documentos e os publicou em um site, declarando González vitorioso com 67% dos votos, e 80% das mesas de votação contabilizadas.

O comunicado da UE não chega a reconhecer a vitória de González, como foi feito por Estados Unidos e cinco países da América Latina (Uruguai, o Equador, a Costa Rica e o Panamá) durante a semana passada.

Nesse sentido, a posição europeia diante da crise na Venezuela se aproxima à de Brasil, Colômbia e México, que em comunicado conjunto publicado na quinta-feira (1º) pediram que as autoridades venezuelanas "avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação".

Entre os países da região que reconheceram a reeleição de Maduro estão Cuba, Nicarágua (ambas ditaduras) e Honduras, além da Rússia e da China.

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