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Voos entre Venezuela e países que criticaram Maduro são cancelados

Medida atinge Panamá, República Dominicana e Peru, que não reconheceram vitória de ditador nas eleições presidenciais

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São Paulo

A Venezuela suspendeu temporariamente todos os voos comerciais entre seu território e o Panamá, a República Dominicana e o Peru —três países com os quais o regime de Nicolás Maduro rompeu relações diplomáticas depois que não reconheceram sua controversa vitória nas eleições presidenciais do último dia 28.

Outros países que viram seu pessoal diplomático ser expulso de Caracas após críticas ao resultado do pleito são Argentina, Chile, Costa Rica e Uruguai. O Brasil assumiu a custódia da legação argentina em Caracas e a proteção dos refugiados abrigados por Buenos Aires, bem como a guarda da legação do Peru.

Aviões são vistos na pista de decolagem do aeroporto internacional Simón Bolívar, em Caracas, capital da Venezuela - Marco Bello - 17.jul.15/Reuters

De acordo com um comunicado da Latam Airlines desta quarta-feira (31), os voos entre Lima e Caracas serão interrompidos. A empresa pediu desculpas aos clientes afetados pela ocorrência. O próprio regime de Maduro anunciou o fim do contato aéreo com Panamá e República Dominicana com a justificação de que esses países estariam interferindo em assuntos internos.

O Panamá retaliou. O presidente José Raul Mulino também proibiu os voos entre os dois países nesta terça (30), afetando empresas panamenhas como a Copa Airlines e também a Zona Livre de Colón, a maior zona franca da América Latina.

"Ninguém entra ou sai [em aviões panamenhos] da Venezuela, enquanto a situação não melhorar naquele país. E lamento muito [pelos] negócios, lamento muito [pelas] empresas, [pelas] os empresários da Zona Livre, etc., mas os princípios não são vendidos nem comercializados", disse Mulino.

"O que aconteceu na Venezuela é simplesmente inaceitável, mas mais inaceitável ainda é o desprezo de parte da comunidade internacional que virou as costas com argumentos absurdos, estúpidos e sem nenhum sistema coerente de apoio às normas do direito internacional público", afirmou Mulino.

O isolamento diplomático da Venezuela vem aumentando. Nesta sexta (2), subiu para seis o número de países que reconhecem a vitória do opositor Edmundo Gonzélez nas eleições presidenciais —Peru, Estados Unidos, Argentina, Uruguai, Equador, e Costa Rica.

Com isso, chegam a seis os países que rejeitam a vitória de Maduro —cinco na América Latina, todos comandados por governos de direita.

O resultado apresentado no último domingo (28) pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral) do país consagrou Maduro como vencedor com 51% dos votos, contra 44% de González. Entretanto, até aqui, a Venezuela não apresentou as atas eleitorais que comprovariam esses números, apesar de pressão de países como EUA, Colômbia e Brasil.

A oposição diz ter tido acesso a esses documentos e publicou o que afirma serem as atas em um site, declarando González vitorioso com 67% dos votos e 80% das mesas de votação contabilizadas.

Com Reuters e AFP

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