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Líder de Comores, na África, sofre atentado a faca, diz agência

Segundo uma pessoa próxima à Presidência, Azali Assoumani teria sido atacado em um funeral e não corre risco de morrer

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Moroni | AFP

O líder de Comores, Azali Assoumani, ficou levemente ferido nesta sexta-feira (13) após sofrer um ataque com arma branca, afirmou Fatima Ahamadael, porta-voz do governo autoritário desse arquipélago do sudeste da África.

"O chefe de Estado foi vítima de um atentado em Salimani-Itsandra", afirmou ela à AFP, citando uma região nos arredores da capital, Moroni. "Graças a Deus, sua vida não corre perigo."

O líder de Comores, Azali Assoumani, durante uma entrevista em Moroni - Xinhua

A porta-voz se recusou a dar mais detalhes, mas uma pessoa próxima à Presidência afirmou à agência de notícias que Assoumani foi vítima de uma facada durante um funeral e ficou levemente ferido. O agressor teria sido detido.

O militar de 65 anos voltou ao poder em 2019, quando ganhou sua terceira eleição para o Executivo após um breve período fora da Presidência —antes, já havia sido eleito em 2002 e 2016, e mais recentemente, em janeiro deste ano, venceu seu quarto pleito para mais um mandato até 2029.

Sua estreia na política, porém, foi por meio de um golpe de Estado em 1999, quando derrubou o então presidente interino, Tadjidine Ben Said Massounde. Em 2018, o coronel alterou a Constituição para poder concorrer mais vezes à Presidência.

"Um controverso referendo constitucional em 2018 introduziu grandes mudanças sistêmicas, e os oponentes do referendo foram severamente perseguidos", afirma a Freedom House, organização que trabalha pela promoção da democracia e do jornalismo independente, ao descrever o país, que classifica de "parcialmente livre".

"Desde que venceu o referendo e garantiu a reeleição em 2019, o presidente Azali Assoumani consolidou o poder reprimindo a oposição e limitando a liberdade de imprensa. A corrupção sistêmica e a pobreza continuam sendo problemas", diz a entidade.

Sua última vitória foi marcada pela acusação de fraude da oposição seguida de protestos que deixaram mortos. Antes mesmo disso, opositores já denunciavam perseguição que teria levado à prisão e ao exílio de antigos líderes políticos.

Em maio do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com o líder durante a cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão. Na ocasião, o brasileiro afirmou que apoiaria a criação de uma vaga para a União Africana no G20 —naquele momento, o bloco que reúne 55 países da África era liderado por Assoumani.

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