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Lula conversa com Putin e discute proposta para encerrar guerra entre Rússia e Ucrânia

Brasil e China apresentaram proposta que prevê conferência com a participação dos dois países envolvidos no conflito

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Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone nesta quarta-feira (18) com o presidente russo Vladimir Putin e discutiram uma proposta para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Segundo o Palácio do Planalto, os dois líderes abordaram o plano conjunto de Brasil e China para encerrar o conflito, que tem como um dos pontos principais a realização de uma conferência internacional com a participação de Rússia e Ucrânia, atuando de forma igualitária.

Lula e Putin também discutiram a realização da cúpula do Brics, que será realizado em outubro, em Kazan, na Rússia. Esse será o primeiro encontro em que o brasileiro vai estar junto com Putin desde o início de seu terceiro mandato.

O presidente Lula durante cerimônia de formatura de novos diplomatas no Palácio do Itamaraty - Folhapress

Segundo nota do Planalto, Vladimir Putin manifestou solidariedade ao Brasil no enfrentamento dos incêndios florestais, que vem atingindo várias regiões do país há algumas semanas.

"Os dois presidentes conversaram sobre a reunião e os temas que serão debatidos na cúpula dos Brics, mês que vem, em Kazan, e as relações bilaterais entre os dois países", afirma o texto. "Também falaram sobre a proposta de paz do Brasil e da China para o conflito entre Rússia e Ucrânia."

Brasil e China apresentaram em maio uma proposta de paz, para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia — que teve início com a invasão russa, no início de 2022.

Os países divulgaram na ocasião que "apoiam uma conferência internacional de paz, que seja reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia, com participação igualitária de todas as partes relevantes, além de uma discussão justa de todos os planos de paz".

A proposta também engloba a rejeição ao uso de armas de destruição em massa e aos ataques contra usinas nucleares —e rechaça a "divisão do mundo em grupos políticos ou econômicos isolados".

O documento foi assinado na ocasião pelo assessor internacional de Lula, Celso Amorim, e pelo ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.

Como mostrou a Folha, Brasil e China estão organizando uma reunião em Nova York, na semana da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), para divulgar a proposta conjunta dos dois países de um plano de paz.

Lula vem sendo criticado internacionalmente por não adotar uma postura mais firme de condenação da hostilidade russa, que deu início à guerra invadindo o território ucraniano. O brasileiro, no entanto, resiste à pressão e defende que a solução para o conflito passa por uma negociação entre os dois lados.

Por essa posição, o presidente também tem sido alvo de críticas do ucraniano, Volodimir Zelenski. O presidente da Ucrânia planejava um evento de alto com presidentes latino-americanos, que aconteceria em paralelo à Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), na próxima semana.

No entanto, por causa do risco de esvaziamento, Zelenski decidiu cancelar o evento. Lula foi um dos líderes cuja ausência havia sido antecipada.

A ideia do ucraniano era mostrar um apoio simbólico de governos da região a Kiev diante da guerra contra a Rússia. Os convites foram enviados, mas Kiev decidiu rever os planos devido ao baixo número de confirmações.

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