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Descrição de chapéu Vietnã

Tufão Yagi derruba ponte, e caminhão despenca em rio no Vietnã; veja vídeo

Rastro de destruição eleva para 59 o número de mortos no país; fábricas de insumos para gigantes como LG foram atingidas

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São Paulo

Um caminhão caiu sobre o rio Vermelho após uma ponte de aço colapsar nesta segunda-feira (9), na província de Phu Tho, no Vietnã, como mostram imagens divulgadas pela imprensa estatal, enquanto o supertufão Yagi ainda estava pela região.

Esta é normalmente uma ponte movimentada, de acordo com um oficial sênior do departamento de transporte da província, acrescentando que ainda não havia relatos de vítimas.

O Yagi segue sua rota de destruição, com tempestades que provocaram enchentes e deslizamentos de terra, deixando 59 mortos no Vietnã, segundo novo balanço divulgado nesta segunda, desde que o tufão chegou ao país.

"Em 9 de setembro, ao meio-dia local [2h em Brasília], o número de pessoas mortas pelo tufão Yagi subiu para 59, sendo que 44 morreram em deslizamentos de terra e inundações repentinas", publicou o site de notícias vietcongue VNEXpress. Um balanço anterior informava 21 mortes.

Segundo as autoridades locais, 22 pessoas estão desaparecidas, principalmente devido a deslizamentos de terra e inundações provocadas pelo tufão.

Inundação na província de Yen Bai, no norte do Vietnã, após elevação do nível do rio Vermelho - VNA via Xinhua

O ciclone tropical se formou no Sudeste Asiático no início da semana passada. Desde então, passou pelas Filipinas e pela China e tirou a vida de ao menos 24 pessoas —os óbitos no Vietnã fazem o balanço de mortes subir a 83.

Meteorologistas consideram o Yagi o tufão mais poderoso a atingir o norte do país nas últimas três décadas.

O fenômeno, que tocou a costa no sábado perto de Haiphong e perdeu força na noite de domingo, derrubou pontes e arrancou telhados de casas, com ventos superiores a 149 km/h.

"A situação é muito grave", disse Nguyen Hoang Hiep, vice-ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

O Yagi ainda cortou a energia de milhões de residências e empresas, inundou rodovias, interrompeu redes de telecomunicações, derrubou milhares de árvores e paralisou a atividade econômica em muitos polos industriais.

Gerentes e trabalhadores em parques industriais e fábricas em Haiphong, uma cidade costeira de dois milhões de habitantes, disseram na segunda que não tinham eletricidade e estavam tentando salvar equipamentos de plantas onde o telhado de chapas de metal foi arrancado, já que mais chuva era esperada.

Esta região, crucial para a economia do país, abriga fábricas que fornecem insumos para gigantes como Samsung e Foxconn.

As paredes de uma fábrica da sul-coreana LG Electronics em Haiphong desabaram. A fabricante de eletrodomésticos e eletrônicos afirmou que houve danos em seu local de produção, mas sem vítimas entre seus funcionários. Disse também que um depósito com geladeiras e máquinas de lavar foi inundado.

"Muitos danos", disse Hong Sun, presidente da associação empresarial sul-coreana no Vietnã, ao ser questionado sobre o impacto do tufão nas fábricas coreanas em áreas costeiras.

Dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da ONU para questões do clima, indicam que eventos climáticos extremos como secas, enchentes, deslizamentos de terra, tempestades e incêndios mais do que triplicaram ao longo dos últimos 50 anos em consequência do aquecimento global.

Outro órgão ligado à ONU, o IPCC (Painel Intergovernamental para a Mudança Climática), já afirmou em relatório que hoje é inequívoco que parte dessas mudanças foi causada pela ação humana.

Com AFP e Reuters

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