Filho de Bolsonaro apaga tuíte de condolências à família de vereadora assassinada
Deputado Flávio Bolsonaro, do Rio, havia publicado mensagem de solidariedade 'apesar de divergências políticas'
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O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) apagou uma publicação em sua rede social em que prestava condolências às famílias da vereadora —Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, mortos a tiros na última quarta-feira (13).
"Meus sentimentos às famílias da vereadora Marielle Franco e de seu motorista. Apesar de profundas divergências políticas, sempre tive relação respeitosa com ela. A impunidade e a legislação penal frouxa seguem estimulando a violência", dizia a mensagem.
Antes de deletar o texto, Flávio foi elogiado por alguns e criticado por tantos outros de seus 263 mil seguidores na rede social ---onde ele se define como “reacionário, reajo a tudo que não presta, como a esquerda, por exemplo“.
"Que se exploda a ideologia!", disse um seguidor. Como “um cristão, Flávio —que é evangélico da Igreja Batista— “não teve outro intuito a não ser tentar de alguma maneira levar conforto até os entes queridos. Chega de usar nomes pejorativos para a menina ou de julgar a atitude do Flávio".
“Nessa hora o partido político é o que menos importa, foram duas vidas ceifadas“, lamentou outra.
A Folha procurou o deputado, sem obter resposta. Seu chefe de gabinete, o coronel de reserva Miguel Angelo Braga, afirmou à reportagem que Flávio pode ter ficado preocupado, pois “talvez a tendência", quando um Bolsonaro posta algo, é “sempre ser interpretado de forma negativa". Ele disse que não conseguiu falar com o deputado sobre o caso.
Braga disse ainda que, em sua opinião, "talvez haja exploração midiática" sobre o assassinato por parte "de alguns grupos" e "talvez [a família Bolsonaro] queira ficar à parte disso".
O deputado federal e pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro ( (PSL-RJ) também não quis se manifestar sobre o assunto porque, segundo seu assessor, ele está com intoxicação alimentar e sua opinião seria polêmica demais.
Marielle era colega, na Câmara Municipal carioca, de outro filho do pré-candidato ao Planalto, o vereador Carlos Bolsonaro.
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