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Descrição de chapéu Eleições 2018

Amoêdo exalta curtidas para inflar ideia de 'onda laranja'

Candidato, que aposta em campanha de rede social, fez ato no Rio no domingo

Amoêdo (centro) com o candidato a governador Marcelo Trindade e Bernardinho na orla do Leblon - Vanessa Ataliba/Brazil Photo Press

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Rio de Janeiro

Com pouco tempo de TV e sem participação em debates, o candidato à Presidência pelo Novo, João Amoêdo aposta nas redes sociais para conseguir atrair eleitores e tenta reforçar a ideia de que uma “onda laranja”, em referência à cor do partido, está impulsionando o apoio à campanha.

O presidenciável, que é um dos mais ativos no Facebook e vem experimentando crescimento no número de seguidores, rompeu a fronteira das telas e fez ato de rua neste domingo (2) na zona sul do Rio.

Amoêdo é hoje o terceiro candidato com o maior número de curtidas no Facebook, com 2,197 milhões, atrás apenas de Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede).

O ex-presidente Lula (PT), cuja candidatura foi rejeitada na semana passada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), também tem mais likes do que o postulante do Novo.

O candidato diz que o maior apoio é resultado do desejo por renovação na política —o partido se apresenta como alternativa à “velha política” e gaba-se de não ter “políticos profissionais” entre seus candidatos (Amoêdo é executivo do mercado financeiro).

A campanha tem tido forte atuação no Facebook: apenas nos dois primeiros dias de setembro, Amoêdo promoveu o impulsionamento de 13 posts, segundo ferramenta da rede social para dar transparência à propaganda política.

“A gente está avançando muito, sempre usando as redes sociais”, disse Amoêdo durante o ato deste domingo, que contou com a presença do técnico de vôlei Bernardinho.

Cotado inicialmente para disputar o governo do Rio pela sigla, ele foi substituído pelo advogado Marcelo Trindade, ex-presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Bernardinho é hoje tratado como uma espécie de embaixador da legenda no estado.

“As pessoas supervalorizam hoje, no mundo das redes sociais, o horário gratuito de televisão. Ninguém tem mais paciência de assistir àquilo”, completou Trindade.

Com camisetas na cor laranja e bandeiras, apoiadores acompanharam Amoêdo e outros candidatos do partido por cerca de 1,5 km entre os bairros do Leblon e Ipanema, produzindo fotos e vídeos.

Um homem ao microfone os incentivava a “inundar as redes sociais” com as imagens.

Com apenas 2% das intenções de voto, segundo a última pesquisa Datafolha, Amoêdo diz acreditar que a baixa rejeição à sua candidatura ajudará a atrair o voto de indecisos e de eleitores de concorrentes, inclusive o líder das pesquisas nos cenários sem Lula, Jair Bolsonaro (PSL).

“A grande diferença que temos em relação a outros políticos é que nós não temos rejeição. As pessoas só precisam conhecer o Novo”, argumentou, se dizendo otimista com a evolução da campanha. 

“Acho que dá para ir longe. Esta semana eu estive em Fortaleza, estive em Recife, e foi esse mesmo clima.”

Em entrevista antes do evento, o presidenciável disse que uma de suas ideias na educação é testar a concessão de bolsas para financiar o ensino de crianças de baixa renda em escolas particulares.

Um “pequeno número” de famílias beneficiadas seria escolhidas por sorteio, segundo o candidato do Novo.

“A gente sabe que a qualidade da escola privada hoje é melhor. É importante que famílias mais pobres possam colocar seus filhos no ensino privado”, afirmou ele.

No ensino público, a proposta do candidato é focar os gastos na educação fundamental, reduzindo o investimento no ensino superior. Para isso, ele defende a cobrança de mensalidade em universidades federais para alunos que tenham condições financeiras de pagar o estudo.

“A gente coloca muito dinheiro na universidade, no ensino superior, e pouco no fundamental, que a gente acha que tem que investir para dar oportunidade às pessoas”, disse.

 

Quem é João Amoêdo
-Candidato a presidente pelo Novo, nunca disputou cargo público antes

-Fez carreira no mercado financeiro, com cargos em bancos e empresas

-Fundou o partido Novo em 2011 e saiu da direção da sigla em junho de 2017 para se candidatar à Presidência

2%
foi o percentual de intenções de voto dele na mais recente pesquisa do Datafolha, neste mês

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