Kátia Abreu defende desistência de Haddad e substituição por Ciro Gomes
A senadora avalia que Haddad não tem performance para governar o país
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A candidata a vice-presidente de Ciro Gomes, senadora Kátia Abreu (PDT-TO), declarou nesta quarta-feira (10) posição de neutralidade na disputa presidencial e defendeu a desistência de Fernando Haddad, do PT.
Segundo ela, o artigo 77 da Constituição Federal estabelece que em caso de desistência de um candidato, antes da realização do segundo turno, será convocado o de maior votação no primeiro turno.
Neste cenário, Haddad seria substituído por Ciro, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, o que, na avaliação de Kátia, seria a única forma do campo de esquerda derrotar o candidato do PSL, Jair Bolsonaro.
"Eu não estou falando pelo partido, mas não estranharia se por acaso ele [Haddad] desistisse, vendo que pode entregar o país para um fascismo religioso. A lei é clara: se ele renunciar, Ciro é o único capaz de vencer Bolsonaro”, disse.
A senadora elogiou o trabalho de Haddad como ministro da Educação, mas avaliou que ele não está preparado para ser candidato a presidente após ter perdido em 2016 a reeleição para a prefeitura de São Paulo.
"Eu acho que dois anos não é tempo suficiente para ele conseguir uma performance para governar o país", disse.
A alternativa foi citada em reunião da executiva nacional do PDT, nesta quarta-feira (10), na presença de Ciro.
A possibilidade legal foi citada pelo deputado federal eleito Túlio Gadelha (PDT-PE).
A cúpula nacional da legenda, contudo, afastou a hipótese, considerando que dificilmente o PT aceitaria abrir mão da candidatura presidencial, mesmo que tivesse a certeza do risco de uma derrota.
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