Siga a folha

Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Jean Wyllys diz ter orgulho por episódio de cuspida em Bolsonaro

Gesto ocorreu durante votação do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016

O ex-deputado Jean Wyllys, durante debate em Lisboa - Patricia de Melo Moreira - 27.fev.2019/AFP

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo | UOL

O ex-deputado pelo PSOL Jean Wyllys disse que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) nunca o tratou como um adversário político, mas como inimigo. Wyllys afirmou ainda que não se arrepende de ter cuspido no então deputado federal em 2016 na Câmara. 

Em entrevista no programa Conversa com Bial, Wyllys disse que pretende estudar em Berlim, na Alemanha, como o discurso de ódio impacta no modo de vida das pessoas.

"Uma das razões de eu ter deixado o mandato foi que eu teria 4 anos de um mandato reativo, não seria propositivo", afirmou. "O presidente nunca me tratou como adversário, me tratou como inimigo", completou. 

O ex-deputado contou que não se arrepende do episódio em que deu uma cuspida em Bolsonaro na Câmara dos Deputados durante o impeachment de Dilma Rousseff. 

"Não me arrependo de nada, tenho orgulho e tem uma explicação para isso. Vivíamos um momento tenso no país, antes de mim, por ordem alfabética, votou Jair Bolsonaro e ele elogiou um torturador. Para completar, eu proferi meu voto e quando voltei ele disse "queima rosca", como se fosse um garoto.  Olhei e vi que era ele, aí fui tomado por um transe, aquela figura me enojava tanto, que foi a reação que eu tive. Eu jamais cuspiria na cara de uma pessoa em condições normais, mas era um acúmulo de xingamentos, de anos de assédio moral, de violência contra mim, de tudo. Naquele dia, foi demais e eu explodi", afirmou Wyllys.  ​

Eleito para o terceiro mandato como deputado federal, Jean Wyllys decidiu renunciar e deixar o país em razão de ameaças de morte que vinha sofrendo. Ele afirmou que após a decisão, ainda recebeu duas ameaças. 

Colunista do UOL, Jean Wyllys revelou que escreveu um livro sobre política a partir da própria experiência e que espera deixar uma história de "como um garoto pobre pode intervir na República".

Com ascensão midiática após vencer o programa Big Brother Brasil, em 2005, e se declarar defensor da causa LGBT, Wyllys teve, em 2018, a pior votação, entre os cariocas eleitos, com 24.295 votos. Nos anos de 2010 teve cerca de 13 mil votos, e em 2014 conquistou a preferência de 144 mil eleitores.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas