Jornalista da Folha vence prêmio sobre democracia e justiça
Repórter especial Patrícia Campos Mello foi homenageada em premiação promovida pelo Instituto Vladmir Herzog
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O Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos escolheu como homenageada especial da 41ª edição a repórter especial e colunista da Folha Patrícia Campos Mello. Também foi agraciado o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil.
Na categoria em memória, a comissão reconheceu Hermínio Sacchetta (1909-1982), que passou pela Redação da Folha. Editor do jornal A Classe Operária, ele foi preso durante a ditadura do Estado Novo (1937-1945), de Getulio Vargas.
O prêmio especial reconhece ações de jornalistas em favor da democracia, paz e justiça. Em edições anteriores, foram laureados nomes como Elio Gaspari, colunista da Folha, Tim Lopes, repórter investigativo da TV Globo assassinado em 2002, e Cláudio Weber Abramo, um dos maiores especialistas em combate à corrupção e pioneiro no jornalismo de dados, morto no ano passado.
Há ainda seis categorias que premiam trabalhos jornalísticos em áreas como vídeo, fotografia, texto e áudio. Os finalistas serão divulgados em 27 de setembro.
A premiação é promovida pelo Instituto Vladimir Herzog em conjunto com outras 13 entidades, como a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
Em junho, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), organização independente de defesa da liberdade de expressão, homenageou Patrícia Campos Mello com o Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa 2019.
Ela é autora da reportagem que revelou que empresários impulsionaram disparos em massa por WhatsApp contra o PT nas eleições de 2018. Após a publicação, a jornalista sofreu diversos ataques e ameaças.
Patrícia também foi vencedora do prêmio internacional de jornalismo Rei da Espanha. Ela foi premiada pela série multimídia “Um Mundo de Muros”, publicada pela Folha em 2017.
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