Siga a folha

Descrição de chapéu Eleições 2022

Marina diz que Bolsonaro é 'frouxo' por ter mantido silêncio após eleição

Deputada eleita chama presidente de 'pessoa frágil, carente' em congresso evangélico

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A deputada eleita Marina Silva (Rede) tem uma palavra para definir a não reação, por quase dois dias, do presidente Jair Bolsonaro (PL) ante sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT): frouxo.

"Esse Bolsonaro é muito frouxo porque ele perdeu, ele não reconhece a derrota com 58 milhões de votos. É muito voto. Nem agradecer ele agradeceu, porque apesar dele, ele ainda teve 58 milhões de votos", disse a ex-senadora e ex-ministra do governo Lula nesta terça (1º), em congresso da evangélica Igreja Batista de Água Branca, do pastor Ed René Kivitz. A fala foi antes do discurso do presidente em Brasília.

A deputada eleita Marina Silva (Rede) - Mathilde Missioneiro - 24.out.22/Folhapress

Marina fez um paralelo entre sua própria situação e a de Bolsonaro. Em 2014, ela teve 22 milhões de votos, em 2018, murchou para 1 milhão, atrás de políticos neófitos como Cabo Daciolo e João Amoêdo.

"Por que digo que ele é muito frouxo? Queria ver o que ele faria se tivesse feito 22 milhões de votos e depois 1 milhão." Ela disse, então, que é imensamente grata a Deus por todo e qualquer eleitor.

Marina associou a postura bolsonarista a uma carência de amor. "O que o líder quer é que alguém se mate por ele, que obstrua estradas por ele. Porque no fundo, no fundo, é uma pessoa frágil, carente."

Para a deputada eleita, que se reconciliou com Lula neste ano, após anos de mágoa com o PT, o bolsonarismo forçou uma polarização "entre as forças do céu e do inferno".

A esquerda precisa entender, diz, que ela não deve cair na mesma armadilha de ver o outro lado como inimigo. O contingente que escolheu Bolsonaro nas urnas merece ser acolhido. "Não podemos achar que 58 milhões de brasileiros, ah, descarta."

Ex-presidente da Funarte e autor de "O Diálogo Possível", Francisco Bosco também falou sobre o estrago de ver um divergente como nêmesis. Isso faz com que o outro se ressinta e polarize ainda mais, até porque ninguém gosta de ser caricaturado, afirma. Vale tanto para a esquerda quanto para a direita.

"A tendência do ressentimento é estabelecer a dinâmica da reciprocidade, e essa dinâmica não para de ser retroalimentada."

Bosco diz que é um erro a esquerda achar que só ela faz parte do campo democrático, excluindo toda uma direita plural, que não pode ser reduzida a uma faceta mais extremista, desse jogo.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas