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Descrição de chapéu ataque à democracia

PF cria formulário para agilizar depoimentos de golpistas presos em acampamento do DF

Investigadores tentam dar celeridade a investigação que envolve cerca de 1.500 presos

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Brasília

A Polícia Federal criou um formulário para agilizar a tomada de depoimento dos cerca de 1.500 bolsonaristas detidos no acampamento golpista montado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.

Os golpistas foram levados do QG do Exército para a Academia da PF na segunda (9). Nesta terça (10), cerca de 600 idosos, mulheres e crianças foram liberados. Todos entraram na mira da Justiça por participaram dos ataques aos prédios do Congresso, Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal).

Os outros detidos permanecem no local e, em caso de manutenção da prisão, serão levados para o Complexo Penitenciário da Papuda.

Dezenas de ônibus com bolsonaristas presos no acampamento golpista em frente ao QG do Exército chegam à superintendência da Polícia Federal em Brasília - Pedro Ladeira/Folhapress

No formulário, além de informações como nome, endereço e filiação, o detido é questionado sobre de qual cidade viajou para Brasília, como foi o translado, qual sua fonte de renda e se possuiu redes sociais.

A PF também pergunta quem financiou a viagem para a capital federal e, em caso de indicação do financiador, qual o nome e telefone da pessoa.

Sobre os ataques aos prédios públicos, a PF questiona se o interrogado participou dos atos, se danificou algum bem público ou se poderia apontar alguma pessoa envolvidas no vandalismo.

A utilização do formulário foi definida pelos investigadores por causa do volume de depoimentos e do tempo consumido para cada oitiva.

No entendimento deles, se os depoimentos fossem realizados no formato convencional levaria algumas semanas para encerrar o caso.

Cerca de 40 delegados federais, agentes e escrivães participam da tomada de depoimentos ordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes.

No documento ao qual a Folha teve acesso, é informado que a investigação está atrelada ao inquérito 4.879, que foi instaurado por Moraes para investigações as manifestações de cunho golpista do 7 de setembro de 2021.

Também devido ao grande número de detidos, o MPF (Ministério Público Federal) no Distrito Federal pediu apoio a procuradores de outros estados para as audiências de custódia ligadas a atos antidemocráticos.

"O apoio dos colegas será fundamental para dar celeridade às audiências nesse momento crítico e tão desafiador na história do país", disse o procurador-chefe em exercício do MPF no DF, Pablo Coutinho Barreto, em nota.

Como mostrou a Folha, a PF deve indiciar os golpistas presos em flagrante na noite do domingo (8) em Brasília por suspeita de crimes cometidos nos atos de vandalismo.

Segundo fontes da PF, cerca de 1.000 bolsonaristas serão levados para o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Até o final da tarde desta terça (10), 446 pessoas já haviam sido levadas para o presídio.

Na decisão em que autorizou a retirada dos golpistas do acampamento no QG do Exército, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, apontou para a possibilidade de prática dos crimes previstos na Lei Antiterrorismo e, também, o de associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado, incitação ao crime, ameaça e dano ao patrimônio público.

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