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Descrição de chapéu Governo Lula

'Ainda estamos muito aquém daquilo que prometemos', diz Lula

Presidente defende que primeiro ano foi para 'plantar semente', mas que vai colher os frutos

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Brasília

O presidente Lula (PT) disse nesta segunda-feira (11) saber que seu governo ainda está "muito aquém" do que prometeu e que não há razão para ter 100% de popularidade.

A declaração dada em entrevista ao SBT foi em reação a questionamento sobre pesquisas eleitorais. Na semana passada, Ipec e Quaest divulgaram levantamentos que mostram um aumento da avaliação negativa do governo.

"Eu tenho certeza absoluta que não tem nenhuma razão do povo brasileiro para me dar 100% de popularidade porque ainda nós estamos muito aquém daquilo que prometemos. Eu sei o que prometi para o povo, eu sei os compromissos que fiz com o povo", disse.

O presidente Lula (PT) concede entrevista ao jornalista Cesar Filho, do SBT - Ricardo Stuckert/PR

"Até agora, preparamos a terra, aramos, adubamos e colocamos a semente. Cobrimos a semente. Este é o ano em que vamos começar a colher o que plantamos", completou Lula na entrevista gravada na manhã desta segunda.

Pesquisa divulgada pelo Ipec na sexta-feira (8) mostrou piora nos índices de aprovação de Lula. Consideram a administração ótima ou boa 33%, ante 38% na pesquisar anterior, de dezembro passado. Outros 33% avaliam a gestão regular, e 32% veem como ruim ou péssima, uma oscilação positiva de dois pontos em relação aos dados anteriores.

Não sabem ou não souberam responder 3%. A sondagem foi realizada dos dias 1° a 5 de março, ouvindo presencialmente 2.000 eleitores em 130 municípios pelo país. A margem de erro estimada é de dois pontos para mais ou para menos.

Outra pesquisa, da Quaest, divulgada na quarta-feira (6) também mostrou um aumento da avaliação negativa do governo Lula.

De acordo com o levantamento, a gestão tem avaliação positiva de 35% e negativa de 34%. Na pesquisa anterior, em dezembro, 36% tinham avaliação positiva e 29%, negativa. A parcela que tem opinião regular sobre o governo petista era de 32% e agora está em 28%.

Não responderam ou não souberam 3%. A pesquisa ouviu presencialmente nesta rodada 2.000 pessoas dos dias 25 a 27 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Em outro trecho da entrevista, Lula disse que a polarização política é um fenômeno mundial e que, no caso do Brasil, ela se desenvolve em torno de duas pessoas -- ele e Jair Bolsonaro (PL). O presidente afirmou ainda que o PL é uma "legenda eminentemente eleitoral".

"Eu não me preocupo com a polarização, porque o Brasil foi polarizado entre PSDB e PT durante muito tempo. Foi assim em 1989, foi assim em 1994, foi assim em 1998, foi assim em 2002, 2000. Agora o Brasil está polarizado entre duas pessoas, porque na verdade são duas pessoas, não são nem dois partidos, porque o meu partido existe, o partido deles não existe. É uma legenda eminentemente eleitoral", disse.

"Então, a polarização é boa se a gente souber trabalhar os neutros para que a gente possa construir maioria e governar o Brasil. Eu acho que o mundo vai continuar assim. O mundo está muito polarizado em todos os continentes", continuou.

Questionado sobre uma eventual reeleição, Lula disse que ainda é cedo para tratar de 2026. Quando foi eleito, ele disse que seria para apenas um cargo, mas já deixou, em entrevistas no ano passado, aberta a possibilidade de se candidatar para um quarto mandato.

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