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Nunes processa Boulos por declaração sobre 'roubo' na Prefeitura de SP

Prefeito afirmou que adversário fez acusação sem provas e prejudica a democracia; Boulos afirma fazer cobrança

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São Paulo

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) entrou com uma ação por danos morais contra o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) por declaração sobre roubo na Prefeitura de São Paulo.

Nunes pede indenização de R$ 50 mil contra seu adversário na pré-campanha a prefeitura por declarações dadas a um podcast no início do mês, em que o psolista afirmou que o prefeito faz "esquema" em caso de obras emergenciais.

Boulos afirmou que não fez ataques, mas cobranças a Nunes, e que ele deve explicações por ser o prefeito da maior cidade da América Latina.

A declaração do psolista que motivou ação ocorreu quando ele comentava a lei que restringe as saidinhas temporárias dos presos. Na ocasião, Boulos afirmou que quem cometeu crimes violentos deve ser preso e citou supostos roubos, se referindo a Nunes.

Os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos e Ricardo Nunes - Montagem

"É lógico que quem cometeu um crime, ainda mais um crime violento, roubou, matou, estuprou, tem que ir para a cadeia, como diz a lei. Aliás, isso não é cumprido com muita gente, a começar por algumas pessoas, como o prefeito de São Paulo, que tem roubos claros e está aí, e segue governando ", disse.

Nunes, durante evento da prefeitura nesta sexta-feira (19), afirmou que Boulos faz acusações sem provas e passa o tempo inteiro lhe agredindo.

"Acho que é algo muito ruim, que inclusive pesa contra a democracia. A questão da democracia também é a gente poder ter o direito de todos poderem se expressar, mas respeitando, evidentemente, a integridade moral das pessoas", disse.

Boulos comentou o processo de Nunes contra ele em evento de pré-campanha. "Quem deve explicações é o prefeito. Eu me pergunto por que que ele fica tão nervoso, tão irritado, quando se trata desse tema do crime organizado", disse.

O psolista afirmou que o irritou o prefeito é a declaração dele sobre haver esquemas na prefeitura. "Todo mundo que acompanha o jornalismo investigativo dessa cidade está vendo isso, desde as armadilhas da dengue às obras emergenciais, agora lavagem de dinheiro do PCC nos contratos de ônibus", disse.

No embate jurídico entre os adversários, Boulos acionou o Ministério Público para que a gestão de Nunes seja investigada pela contratação de empresas de ônibus ligadas ao crime organizado.

No pedido, ele afirma haver "absoluta inexistência de salvaguardas para prevenir a penetração de organizações criminosas em contratos de concessão pública na cidade e, sobretudo, a autodeclarada impotência dos atuais gestores municipais para fazer frente a essa situação degradante".

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