Siga a folha

Relação com Lula pesa em escolha por vice de Paes na busca por reeleição no Rio

Prefeito quer vice do PSD, e deputado federal Pedro Paulo é o preferido; PT busca contrapartidas

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Rio de Janeiro

O PT aceitou manter apoio ao prefeito Eduardo Paes (PSD) nas eleições municipais de outubro, desde que Paes considere aproximar ainda mais os petistas da próxima gestão, caso reeleito.

O PT carioca decidiu manter a aliança mesmo sem a vaga, mas pediu, como contrapartida, que Paes mantenha o compromisso com o presidente Lula (PT).

Desde que o petista assumiu a Presidência, ambos têm trocado afagos em agendas públicas. Lula já chamou Paes de "possível melhor gerente de prefeitura que este país já teve".

Caso Paes seja reeleito em outubro e se torne o candidato ao governo estadual em 2026, o vice assumirá a prefeitura.

Prefeito Eduardo Paes (PSD) e presidente Lula (PT) em entrega de unidades habitacionais do programa Morar Carioca, na comunidade do Aço, em Santa Cruz - Folhapress

Há mais de um mês Paes mantém o nome do deputado federal Pedro Paulo (PSD) como seu preferido à vaga, segundo integrantes do partido.

Pedro Paulo é antigo aliado de Paes e foi candidato à prefeitura nas eleições de 2016, ano em que Marcelo Crivella (Republicanos) foi eleito no segundo turno, derrotando Marcelo Freixo, então no PSOL.

Neste sábado (20), o PSD vai oficializar a candidatura de Paes em convenção, mas sem a definição do vice. O nome só deve ser divulgado no início de agosto.

Eduardo Cavaliere (PSD), deputado estadual e até este ano secretário municipal da Casa Civil, ainda segue como postulante. Mas a avaliação de alguns integrantes da legenda é a de que seu nome ainda não é forte o suficiente para assumir a prefeitura, na hipótese de Paes concorrer ao governo daqui a dois anos.

Em almoço na segunda-feira (15) no Palácio da Cidade, Paes reuniu representantes da federação entre PT, PV e PC do B, além do PDT.

O PT apresentou mais uma vez o nome de André Ceciliano ao cargo de vice. Ceciliano é ex-secretário de Assuntos Federativos do governo Lula e deixou o cargo em junho, durante a costura pela vaga de vice na chapa. Foi também presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro em mandato elogiado por aglutinar políticos à direita e à esquerda.

O PDT apresentou o nome da deputada estadual Martha Rocha, sob o argumento de que uma delegada como vice poderia cair bem no tema da segurança, principal discurso do pré-candidato Alexandre Ramagem (PL), do grupo político do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Paes ouviu as duas sugestões, mas reiterou o desejo por uma chapa "puro sangue", com vice do seu partido.

Nas negociações entre Paes e PT, cogitou-se a possibilidade de abrir a Pedro Paulo um cargo no governo federal, como moeda de troca do vice no Rio ser do PT.

Paes e Lula conversaram sobre a vaga em encontros em Brasília e no Rio de Janeiro. Ceciliano era o nome preferido do presidente, mas Lula não teria demonstrado contrariedade ao nome de Pedro Paulo, segundo o entorno do prefeito.

No âmbito municipal, o PT espera, com a manutenção da aliança com Paes e em caso de reeleição, assumir a presidência da Câmara do Rio, atualmente ocupada pelo vereador Carlo Caiado (PSD), próximo do núcleo de Paes.

O PT também pretende receber apoio do atual prefeito nas eleições para o Senado em 2026. A legenda considera que aumentar o número de senadores é fundamental para a governabilidade de Lula.

Pesquisa do Datafolha divulgada no último dia 5 mostrou Paes na liderança isolada da corrida eleitoral na cidade, com 53% das intenções de voto —patamar suficiente para vencer a disputa em primeiro turno.

Em segundo lugar aparecem tecnicamente empatados Tarcísio Motta (PSOL), com 9%, e Alexandre Ramagem, com 7%.

Paes tentou na pré-campanha montar uma aliança para evitar a nacionalização da campanha, aposta de Ramagem na cidade em que o ex-presidente Bolsonaro teve mais votos do que Lula no pleito de 2022. O prefeito, por exemplo, buscou acordo com o deputado federal Otoni de Paula (MDB), pastor evangélico bolsonarista que não conseguiu viabilizar sua pré-candidatura no partido.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas