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Ramagem, Duda Salabert e outros candidatos declaram conta bancária zerada à Justiça Eleitoral

Candidato do PL-RJ se corrige e informa ter R$ 16 mil em conta após questionamento da Folha

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Rio de Janeiro

Candidatos dos dez maiores colégios eleitorais do país registraram suas candidaturas sem informar saldo em conta bancária na declaração de bens enviada à Justiça Eleitoral.

Nomes relevantes nas disputas municipais informaram à Justiça Eleitoral não ter qualquer investimento bancário, como os deputados federais Alexandre Ramagem (PL), postulante no Rio de Janeiro, André Fernandes (PL), que disputa em Fortaleza, e Duda Salabert (PDT), que tenta chegar à Prefeitura de Belo Horizonte.

Da esq. para a dir., a deputada Duda Salabert (PDT-MG) e os deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ) e André Fernandes (PL-CE) - Rodrigo Garcia/Divulgação/CMU, Onofre Veras/Thenews2/Agência O Globo, Edilson Rodrigues/Agência Senado

Duda Salabert e André Fernandes declararam que, de fato, não têm qualquer investimento bancário —seja poupança, CDB ou fundo.

Três horas após ser questionado pela Folha na tarde de quarta-feira (14), Ramagem retificou sua declaração de bens no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Rio de Janeiro, informando ter no banco R$ 16.983,38, além de R$ 9.000 em espécie, também não informados no ato do registro.

Os valores se somaram ao único bem declarado pelo deputado: um carro avaliado em R$ 264,5 mil.

Não é a primeira vez que Ramagem, em segundo lugar nas pesquisas no Rio de Janeiro, omite o saldo em conta bancária. Na eleição de 2022, quando conquistou uma vaga na Câmara dos Deputados ele também não informou os valores depositados, tendo declarado apenas um carro e uma moto, avaliados em R$ 428,7 mil.

Segundo os dados, o deputado reduziu o patrimônio em 35% no período de assumiu o mandato.

A omissão de bens é uma irregularidade, mas, na prática, não é punida pela Justiça Eleitoral.

Em 2020, a Folha mostrou como 146 candidatos a prefeito nas capitais também informaram um patrimônio sem investimentos bancários. Um deles havia sido Guilherme Boulos (PSOL). Questionado, ele disse que tinha, à época, R$ 579,53 em conta. Ao registrar candidatura neste ano, declarou ter R$ 12,6 mil em banco.

Duda Salabert, em segundo lugar nas pesquisas em Belo Horizonte, declarou à Justiça Eleitoral neste ano não possuir qualquer patrimônio.

Em 2022, quando conquistou a vaga na Câmara dos Deputados, ela havia informado ter R$ 26.709,40 de saldo em conta na Caixa Econômica Federal. Em 2020, quando foi eleita vereadora, divulgou ter R$ 57 mil em bens, dos quais R$ 25 mil em investimentos bancários.

À Folha ela afirmou ter enviado ao TRE-MG os bens descritos em sua última declaração para Imposto de Renda. Segundo a deputada, sua conta estava zerada em 31 de dezembro de 2023, data-base para o informe à Receita Federal.

André Fernandes, em segundo nas pesquisas de intenção de voto em Fortaleza, também não declarou conta bancária à Justiça Eleitoral. Segundo os dados, ele possui R$ 377,7 mil em patrimônio, composto por imóveis e um veículo. Nas eleições de 2022 e 2018, ele também não declarou investimento bancário.

Ao todo, nos dez maiores colégios eleitorais do país, 21 dos 74 candidatos não declararam conta bancária.

A maior parte dos casos é de PSTU (7), UP (3) e PSOL (3).

O Rio de Janeiro teve o maior número de casos (5). Além de Ramagem, não declararam ter conta bancária o deputado Rodrigo Amorim (União), Carol Sponza (Novo), Cyro Garcia (PSTU) e Juliete Pantoja (UP).

Amorim, que informou ter R$ 92 mil em espécie, disse que sua conta bancária está negativa. Sponza e Pantoja afirmaram que não têm investimentos bancários. Garcia declarou ter apenas R$ 7 na conta.

Em São Paulo, apenas Altino Prazeres (PSTU) informou não ter investimento bancário. Ele afirma ser dono de metade de uma casa avaliada em R$ 385 mil. Por meio de sua assessoria, ele informou que sua conta "não tem nenhum saldo significativo".

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