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Coronavírus cria corrida por programadores de Cobol, linguagem dos anos 1960

Estados americanos que utilizam sistemas antigos de computação estão com dificuldade para encontrar profissionais

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São Paulo

A pandemia de coronavírus está criando uma corrida por programadores de Cobol, linguagem computacional desenvolvida nos Estados Unidos em 1959 para a criação de sistemas financeiros.

A IBM e a Fundação Linux estão convocando especialistas que tenham familiaridade com a linguagem para auxiliar na operação de sistemas antigos de computação nos Estados Unidos.

Governos que utilizam modelos fundados nas décadas de 1960 e 1970 precisam lidar com a nova demanda de processamento de dados durante a pandemia e têm dificuldade para encontrar profissionais que saibam programar nessa linguagem, que perdeu popularidade nos últimos 40 anos.

Em alguns casos, serviços como o repasse de recursos a desempregados precisa ser feito por máquinas programadas em Cobol. Passam por essa dificuldade governos de estados como Nova Jersey, Kansas e Connecticut, que precisam de voluntários.

A Cobol foi uma das primeiras linguagens de programação de alto nível, criada no Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Como grande parte dos computadores produzidos nos anos 1960 eram destinados ao governo, a linguagem vinha de fábrica e se popularizou em diversos países.

Em seu site nos Estados Unidos, a IBM diz que clientes estão "enfrentando circunstâncias sem precedentes" durante a pandemia de Covid-19.

"Alguns estados que precisam de habilidades adicionais de programação para fazer alterações em Cobol 15 —linguagem com 220 bilhões de linhas de código em uso hoje. Essas alterações no código são necessárias para levar em conta os novos parâmetros de elegibilidade para pagamento de desemprego, em um prazo muito curto", diz a publicação.

Em parceria com a Fundação Linux, a companhia lançou três iniciativas para suprir a demanda temporária: um fórum que conecta programadores de Cobol a empregadores, um fórum técnico em que especialistas podem dar aconselhamento voluntário, e uma plataforma aberta de treinamento para a linguagem.

Um relatório de 2017 da Reuters afirma que 43% dos sistemas bancários ainda são construídos com Cobol e que a linguagem é usada em ao menos três agências governamentais americanas.

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