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Descrição de chapéu Eleições 2022

Pesquisa de sábado pode ter influenciado decisão de antipetistas, diz diretora do Datafolha

Luciana Chong participou de conversa com colunistas na TV Folha

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São Paulo

Num dia pós-eleição marcado por questionamentos sobre pesquisas eleitorais, os colunistas Mônica Bergamo e Bruno Boghossian conversaram nesta segunda (3) com a diretora do Datafolha, Luciana Chong, para entender os resultados do primeiro turno.

Segundo Chong, o número de eleitores que estavam inclinados a mudar seu voto era alto. "A [última] pesquisa [do Datafolha] foi concluída no sábado. Naquele dia ainda tinham 13% que podiam mudar de voto. Entre eleitores do Ciro [Gomes, do PDT] , chegava a 41%. Entre os eleitores da [Simone] Tebet [MDB], 37%", disse.

Os candidatos Lula (PT), Bolsonaro (PL), Ciro (PDT) e Tebet (MDB) - Reuters e Divulgação

Ela afirmou ainda que a própria pesquisa pode ter influenciado eleitores que têm alguma rejeição a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Quando a pesquisa de véspera foi divulgada no sábado (1º), havia a possibilidade de a eleição ser finalizada no primeiro turno. Então isso também pode ter causado uma movimentação do antipetismo para não deixar que isso acontecesse e que essa eleição fosse para o segundo turno."

"O que eu vejo é que esse eleitor do Ciro na verdade era um eleitor que não queria votar nem em Lula nem em Bolsonaro e estava optando pelo Ciro. Não tinha uma identificação tão grande com Ciro", disse Chong.

Para a colunista Mônica Bergamo, se houve equívoco, foi por parte dos jornalistas e analistas, e não dos institutos de pesquisa.

"[Focamos] muito nessa ideia de que poderia haver uma onda de votos úteis para o Lula, que poderia encerrar essa campanha no primeiro turno. Esquecemos de notar que o voto útil não necessariamente seria dado para um lado só. As pesquisas não nos autorizavam a descartar essa possibilidade, que foi descartada pelos jornalistas e pelos analistas."

Dado que o país não tem um Censo Demográfico atualizado e que há um contexto de hostilidade de setores do bolsonarismo em relação aos institutos de pesquisa tradicionais, levantou-se a hipótese de que tais fatores poderiam ter causado distorções nos números das pesquisas, lembrou o colunista Bruno Boghossian. A diretora do Datafolha, porém, descarta essa possibilidade. "Não seria nada significativo que fizesse com que a pesquisa perdesse sua validade."

A próxima pesquisa do Datafolha será divulgada na sexta (7), também com análise na TV Folha.

Nesta terça (4), a programação ao vivo vai discutir a participação dos jovens nesta eleição. A mesa contará com a repórter Marina Lourenço, o editor de Interação e Redes Sociais da Folha, Mateus Camilo, a professora da Universidade Estadual Vale do Acaraú Isaurora Cláudia Martins de Freitas e a ativista indígena Txai Suruí, também colunista da Folha.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DE TRANSMISSÕES AO VIVO DA TV FOLHA:

4.out, terça-feira - Participação dos jovens na eleição

Marina Lourenço - repórter da Folha
Mateus Camillo - editor de Interação da Folha
Isaurora Cláudia Martins de Freitas - doutora em sociologia e professora da Universidade Estadual Vale do Acaraú
Txai Suruí, ativista indígena e colunista da Folha

5.out, quarta-feira - Balanço dos estados

Eduardo Scolese - editor de Política da Folha
Juliana Coissi - editora da Agência Folha
Ítalo Nogueira - repórter da Folha no Rio
João Pedro Pitombo - repórter da Folha em Salvador

6.out, quinta-feira - As eleições na internet

Patrícia Campos Mello - repórter especial da Folha
Francisco Brito Cruz - diretor do InternetLab, mestre em direito pela USP
Camila Mattoso - diretora da sucursal de Brasília da Folha

7.out, sexta-feira - Datafolha 2° turno e estados

Bruno Boghossian - colunista da Folha
Mônica Bergamo - colunista da Folha
Luciana Chong - diretora do Datafolha

Erramos: o texto foi alterado

Versão anterior deste texto informava que a programação ao vivo aconteceria em setembro. O correto é outubro.

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