Descrição de chapéu The New York Times

Após ser destruída por vulcão, ilha no Pacífico renasce quase 4 vezes maior

Lateiki era uma pequena ilha no arquipélago do Reino de Tonga, formada em 1995 por um vulcão submarino em erupção

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Robin George Andrews
Londres | The New York Times

Lateiki era uma pequena ilha no arquipélago do Reino de Tonga, formada em 1995 por um vulcão submarino em erupção. Até que, no mês passado, esse vulcão decidiu que estava na hora de redecorar o local —de forma explosiva.

Uma erupção no sudoeste do oceano Pacífico foi relatada pela primeira vez em 14 de outubro. Durante a semana seguinte, vários navios, aviões e satélites viram uma nuvem de cinzas saindo da ilha.

Em 1º de novembro, tudo estava acabado. Lateiki tinha desaparecido, e seus restos haviam sido engolidos pelo vulcão.

No entanto, a perda no território tonganês durou pouco. Tão rápido quanto se autodestruiu, ela renasceu como uma nova ilha a aproximadamente 120 metros a oeste dali. A nova Lateiki, com 393 m de comprimento e 99 m de largura, tem quase quatro vezes o tamanho da antiga.

In a satellite image provided by researchers, a view of a brand new island formed by a volcanic eruption in Tonga, on Nov. 9, 2019. Days earlier, the eruption totally consumed the tiny island of Lateiki, then formed this new island, four times larger, some 400 feet to the west. (Copernicus Sentinel data/Annamaria Luongo/SpaceTec Partners via The New York Times) -- NO SALES; FOR EDITORIAL USE ONLY WITH NYT STORY VOLCANO ISLAND BY ANDREWS FOR NOV. 14, 2019.  ALL OTHER USE PROHIBITED. --
Imagem de satélite da nova ilha no arquipélago de Tonga - Copernicus Sentinel data/Annamaria Luongo/SpaceTec Partners/The New York Times

Lateiki tem experiência na arte das reformas vulcânicas. Várias de suas erupções teriam construído ilhas efêmeras, em forma de rochedos, nos séculos 18 e 19, e mais definitivamente em 1967 e 1979. Até 1995, essas ilhas duravam só alguns meses antes de serem engolidas pelas ondas do mar.

O vulcanismo submarino pode ser difícil de ser estudado e observado. Mas os ciclos de morte e renascimento de Lateiki fornecem aos cientistas pistas sobre a natureza do maquinário magmático. E com o aperfeiçoamento da tecnologia de satélites, isso passa a ser documentado melhor do que nunca.

"Ver esse processo ocorrer durante nossa vida é espetacular", diz Janine Krippner, do Programa de Vulcanismo Global da Smithsonian Institution.

A ilha de 1995 já havia sido parcialmente corroída pelas ondas, mas resistiu à aniquilação porque era feita de pedaços de lava pegajosa e solidificada. Ainda é cedo para prever quanto tempo a nova Lateiki vai durar, segundo Brad Scott, vulcanologista da GNS Science na Nova Zelândia.

Se ela persistir, poderá acabar como outras ilhas vulcânicas que brotaram e depois tornaram-se habitats de vida marinha, microbiana e aviária.

Tradução de Luiz Roberto Mendes Gonçalves

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