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cida santos

 

19/05/2012 - 21h12

As duas derrotas do Brasil

A seleção brasileira não teve um bom começo na Liga Mundial de Vôlei. Dois jogos e duas derrotas por 3 sets a 2. Uma para a Polônia e outra para o Canadá. Não dá para esquecer que o Brasil está em início de preparação e não disputou nenhum amistoso antes da estreia nesse torneio. Por isso, o time está mais preso que o normal até pelo estágio de preparação física dos jogadores. Mesmo assim, o certo é que o resultado não foi o esperado. Ficou certa frustração.

O levantador Ricardinho foi a grande novidade: voltou a jogar depois de cinco anos afastado da seleção. Até pelo talento e histórico dele, a expectativa era de uma grande atuação. Mas não foi bem isso que aconteceu. E, nesse momento, nem dá para exigir que fosse muito diferente, basta analisar os fatos. Dos titulares escalados contra a Polônia e o Canadá, ele só havia jogado na seleção com o ponteiro Dante e o líbero Escadinha. E isso já fazia cinco anos. Com o Lucas, Ricardinho jogou na temporada retrasada no Vôlei Futuro. Também já faz um tempo. Com todos os outros atacantes (o oposto Wallace, o ponteiro Maurício e o central Sidão), ele nunca havia atuado. E todos estão treinando há pouco tempo junt os.

Contra a Polônia e o Canadá, a história se repetiu. Ricardinho jogou como titular nos três primeiros sets. Nos dois seguintes, quem começou jogando foi o Bruno, que atuou bem. Nas duas partidas, a seleção ganhou um set com cada um dos levantadores. A tendência é que o time cresça nas próximas rodadas e esteja no auge da sua forma nos Jogos de Londres.

A seleção também está desfalcada do Murilo, o jogador mais completo do time e que faz muita falta. Ele ficou no Brasil se recuperando de uma lesão. Na ponta, o técnico Bernardinho revezou dois novatos, revelações da última Superliga: Maurício, do Cruzeiro, e o Lucarelli, do Minas.

A Polônia, atual vice-campeã da Copa do Mundo, está com um grande time, que vai lutar por medalhas nos Jogos de Londres. A equipe tem um bloqueio poderoso: o destaque é o central gigante Marcin Mozdzonek, 2,11m. E olha que o craque da equipe, o Kurek, nem jogou. O Canadá está com uma seleção renovada, mas que se preparou para disputar no início do mês o Pré-olímpico da América do Norte e Central (Norceca). Perdeu para os Estados Unidos, não garantiu a vaga olímpica, mas surpreendeu Cuba e acabou em segundo lugar no torneio. Ou seja, está no auge da sua preparação. E tem um oposto, o Gavin Schmitt, de 2,0 8m, que deu um trabalhão para o Brasil. Foi o maior pontuador do jogo com 33 pontos.

Na seleção brasileira, destaque para o oposto o Wallace. Foi titular nos dois jogos da seleção. Contra a Polônia, foi o maior pontuador do jogo com 26 pontos.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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