
Quase um ano após acordo selado em Londres, familiares de vítimas da tragédia da Chapecoense ainda esperam pagamento de indenização que varia entre US$ 142.647,05 e US$ 367.647,05 (R$ 687.088,05 e R$ 1.770.811,83 em valores atuais).
Despacho emitido pelo juiz Ederson Tortelli, da Vara Regional de Recuperações Judiciais, Falências e Concordatas da Comarca de Concórdia, em Santa Catrarina, homologou na noite desta sexta-feira (28), o plano de recuperação judicial da Chapecoense.
Por suspeita de "ilegalidades" e "manipulação do quorum", o Ministério Público de Santa Catarina pede a anulação da assembleia de credores que aprovou o plano de recuperação judicial da Chapecoense.
O escritório de advocacia PodhurstOrseck mandou carta para seus cerca de 40 clientes no Brasil. Com data de 19 de abril, a correspondência informa uma mudança de estratégia: abrir um novo processo nos Estados Unidos contra a resseguradora Tokio Marine Kiln e iniciar o processo de execução de US$ 844 milhões (R$ 4,2 bilhões).
Audiência marcada para 20 de abril, no Tribunal de Miami, nos Estados Unidos, pode dar início formal ao processo em que sobreviventes e familiares das vítimas do acidente da Chapecoense pedem indenização da corretora de seguros e resseguradora do voo da empresa boliviana LaMia.
Neto, 37, nasceu no Rio de Janeiro, mas escolheu Chapecó para viver e criar os filhos. Ele está ligado de forma indelével ao time da cidade, a Chapecoense. Foi onde viveu os melhores momentos da sua carreira. Era a camisa que defendia quando quase morreu.
Em uma derrota para a seguradora do voo da tragédia da Chapecoense, a Tokio Marine Kiln, a Justiça da Inglaterra decidiu que o caso deve ser analisado pela Corte dos Estados Unidos, onde as sentenças foram estipuladas em US$ 844 milhões (R$ 4,77 bilhões na cotação do momento).
Em despacho publicado no último dia 10, o juiz Ederson Tortelli, da 1ª Vara Cível de Chapecó, intimou a Chapecoense a apresentar documentos, questionou comprovantes de doações feitas após queda do avião que matou 71 pessoas e ameaçou que, se o clube não pagar a administradora, o processo de recuperação judicial poderá ser extinto.
A Chapecoense pediu um desconto de até 85% para pagar as dívidas que tem com as famílias das 71 vítimas da tragédia. Além disso, o clube propôs que os depósitos sejam feitos ao longo de 13 anos.
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Chapecoense deve terminar sem ouvir representantes da seguradora britânica Tokio Marine Kiln, alvo de ações judiciais por não ter pagado indenizações às famílias das vítimas da tragédia.