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cida santos

 

21/05/2012 - 17h25

Os tropeços do Brasil na Liga Mundial

As duas derrotas não pesaram muito para o Brasil na Liga Mundial de Vôlei. Com a vitória na última rodada sobre a Finlândia, o time soma cinco pontos, um só a menos do que a líder Polônia e a mesma pontuação do Canadá, o vice-líder. Tem mais três quadrangulares pela frente. Se bem que nesta temporada, a Liga serve mesmo de preparação para os Jogos Olímpicos.

As apresentações irregulares também não devem ser motivos de tanta preocupação. A seleção está em início de temporada, ainda distante do auge da forma física, com atacantes novatos e com um novo levantador, Ricardinho, que poucas vezes atuou junto com a maioria dos outros jogadores e que está retornando ao time depois de cinco anos afastado.

É preciso paciência e tempo. O técnico Bernardinho escalou Ricardinho como titular nos dois primeiros jogos, contra a Polônia e Canadá. Nos dois últimos sets, Bruno começou jogando. Contra a Finlândia, o técnico fez uma aposta certa: Bruno como titular já que ele tem um bom entrosamento com os centrais Sidão e Lucas e também com o ponteiro Thiago Alves. Em um time com muitos jogadores que nunca atuaram juntos, esse foi um fator que ajudou bastante na vitória contra os finlandeses. Para melhorar, o Brasil também sacou e bloqueio muito bem. Foram onze aces e 17 pontos de bloqueio.

Entre os novos atacantes, o grande destaque foi o oposto Wallace. Foi titular nos três jogos. Parece um cubano: pega a bola lá na lua e tem muita força física. Crava uma diagonal fechadinha que é uma maravilha. Tem todos os golpes. Entra embaixo da bola, parece que vai atacar na diagonal e encaixa uma paralela. Difícil marcar o Wallace. Ele fez 26 pontos contra a Polônia, 17 contra o Canadá e mais 26 contra a Finlândia.

O próximo quadrangular será daqui a duas semanas na Polônia. A expectativa é que o time já mostre uma evolução. Ricardinho precisa de um tempo para ganhar entrosamento com os jogadores. Ainda está atuando bem abaixo do que pode. Todo mundo sabe como ele joga bem. O ponteiro Murilo, o jogador mais completo da seleção e que está se recuperando de uma lesão, talvez já volte ao time. Enfim, a temporada está só começando e a seleção tem bons jogadores.

Nas outras chaves da Liga Mundial, a grande surpresa é a Itália, a única invicta da competição. Venceu a Coreia, a França e até os Estados Unidos. Não dá para esquecer que os italianos estão no auge da sua forma já que disputaram neste mês o Pré-Olímpico da Europa e conquistaram a vaga para Londres. No grupo da Rússia, Sérvia, Cuba e Japão a disputa foi grande. Os japoneses perderam de todo mundo. Já as outras três seleções tiveram uma derrota cada uma. Os sérvios perderam dos russos, mas ganharam dos cubanos. E a Rússia foi superada por Cuba. Está tudo embolado.

Já em Tóquio, no Qualificatório Mundial, oito seleções femininas estão disputando três vagas para os Jogos de Londres. Classificam-se os dois primeiros colocados e o time asiático melhor colocado. Depois de duas rodadas, só restam dois invictos: Rússia e Japão.

Para encerrar, a novidade no vôlei brasileiro: a levantadora Fofão, 42, está de volta às quadras. Vai jogar no Rio, com o técnico Bernardinho.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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