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cida santos

 

10/06/2012 - 17h58

O melhor jogo do Brasil

Já dá para começar a ficar animado com a seleção brasileira. A equipe fez a sua melhor partida na Liga Mundial de Vôlei, conseguiu a primeira vitória, em três jogos, sobre a Polônia nesta temporada e conquistou a liderança do Grupo B. O placar foi 3 sets a 1 (26/24, 25/17, 23/25 e 25/23). Agora, só um ponto separa Brasil e Polônia. No próximo fim de semana, na Finlândia, os dois times vão decidir quem é o campeão da chave e quem passa para a fase final.

Um dos destaques da seleção é o oposto Wallace, o nosso cubano. Tem uma impulsão impressionante, pega a bola lá na lua, tem todos os golpes e acima de tudo é um jogador que mantém a regularidade. Desde a saída do oposto canhoto André Nascimento, o Brasil não tem um oposto tão efetivo. Leandro Vissotto, por exemplo, é um grande atacante, mas tem jogos que atua muito bem e outros que simplesmente some. Contra a Polônia, Wallace foi o maior pontuador da partida. Marcou 23 pontos.

Outro destaque foi o ponteiro Thiago Alves. Entrou no fim do segundo set no lugar do Dante, que sentiu dores na coluna, e foi muito bem. Mostrou um saque poderoso e foi uma boa alternativa de ataque. Fez 13 pontos e está na luta por uma das vagas de ponteiro no time que vai disputar os Jogos Olímpicos.

O técnico Bernardinho optou por começar o jogo mais importante do Brasil com o levantador Bruninho. Nas duas rodadas anteriores, contra a Finlândia e o Canadá, o titular tinha sido o Ricardinho. A disputa entre os dois pela posição de titular vai continuar até a Olimpíada, mas por enquanto Bruninho está jogando mais solto e confiante. Até porque defendeu a seleção nas últimas temporadas, tem melhor entrosamento com os jogadores. As bolas com o Wallace e os centrais Sidão e Lucas estão boas. Já as jogadas com os ponteiros Murilo e Dante ainda precisam de um acerto maior. Ricardinho estava há cinco anos afastado da seleção e parece ainda um tanto tenso em quadra. Precisa de mais um tempo para se entrosar m elhor e ganhar confiança.

Bernardinho escalou bem o time. Além do Bruninho, começou com o oposto Wallace; os centrais Lucas e Sidão; os ponteiros Dante e Murilo; e o líbero Serginho. O time foi muito eficiente no saque e ainda mostrou uma boa recepção. Deu tudo certo. Só nos finais dos sets, a seleção deu umas vaciladas e quase se complicou.

O jogo também foi bem nervoso. Desde que o técnico italiano Andrea Anastasi assumiu o comando da Polônia, a rivalidade com o Brasil aumentou muito. A explicação é simples: Anastasi já foi jogador e técnico da Itália. E você sabe: brasileiros e italianos sempre foram bem rivais no vôlei masculino.

FEMININO

A seleção feminina, com um time misto, conseguiu a terceira vitória no Grand Prix. Derrotou a Polônia por 3 sets a 2 (25/15, 25/13, 23/25, 22/25 e 15/10). O time jogou muito bem nos dois primeiros sets. Depois, perdeu a concentração: passou a errar mais e as polonesas cresceram na partida. O quinto set também foi sofrido. O Brasil chegou a estar perdendo por 5 a 1, mas depois encaixou o saque e central Adenízia montou um paredão na rede. Aliás, ela foi o grande destaque da equipe. Fez uma média de oito pontos de bloqueio em cada um dos três jogos do Grand Prix.

A novidade é que a seleção está investindo no saque mais forçado, o "viagem". Adenízia, por exemplo, passou a sacar dessa maneira. No vôlei moderno, o saque é cada vez mais fundamental. Esse pode ser um diferencial do Brasil nos Jogos de Londres.

O técnico José Roberto Guimarães, que nos dois jogos anteriores tinha escalado no time titular a ponteira Mari como oposta, mudou de ideia. Já começou a partida com a Tandara nessa posição e a levantadora Fernandinha; as ponteiras Paula Pequeno e a Fernanda Garay; as centrais Adenízia e Natasha; e a líbero Camila Brait. A Mari entrou no quarto set, quando o Brasil perdia por 13 a 9, e jogou bem. Ficou em quadra até o fim do jogo.

PRÉ-OLÍMPICOS

Tragédia cubana. A seleção feminina de Cuba já tinha fracassado na tentativa de se classificar para os Jogos de Londres. Neste domingo, foi a vez de a seleção masculina, atual vice-campeã mundial, tropeçar. Acabou em segundo lugar no Pré-olímpico de Berlim. A vaga ficou com a Alemanha.

No Pré-olímpico Mundial do Japão, os classificados foram a Sérvia e a Austrália. No torneio qualificatório da Bulgária, a vaga ficou para os donos da casa.

Com o fim desses torneios, já estão definidas as 12 seleções masculinas que vão disputar a Olimpíada: Brasil, Grã-Bretanha; Rússia, Polônia, Tunísia, Estados Unidos, Itália, Argentina, Alemanha, Sérvia, Austrália e Bulgária.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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