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cida santos

 

02/07/2012 - 19h45

Os últimos testes e o levantador titular da seleção

Depois de duas semanas só de treinos, a seleção masculina brasileira vai passar pelo último desafio antes dos Jogos Olímpicos: nesta quarta-feira, começa a disputar a fase final da Liga Mundial de vôlei. A primeira adversária é Cuba. Na quinta-feira, o confronto será contra Polônia. A grande expectativa é quem será o levantador titular: nos últimos jogos da fase de classificação, Ricardinho ficou na reserva do Bruninho.

Não dá para esquecer que Ricardinho passou cinco anos afastado da seleção. Não é fácil recuperar esse tempo perdido em poucos meses. Conhecido pela genialidade e velocidade, ele mostrou falta de entrosamento com os jogadores, já que nunca atuou com a maioria deles. Apresentou um ritmo mais lento, parece também fisicamente mais pesado. Vamos ver como ele vai atuar agora na fase final depois desse último período só de treinos. Com certeza, Ricardinho não voltou para a seleção para ficar na reserva.

Mais do que lutar pelo título da Liga Mundial, o torneio serve para verificar a evolução do Ricardinho e o desempenho dos ponteiros titulares, Dante e Murilo. Os dois tiveram lesões nesta temporada e ainda não fizeram grandes jogos. Murilo é um jogador fundamental: é um dos pilares da recepção, ao lado do líbero Escadinha. Giba, uma das outras opções na ponta, passou por uma cirurgia na tíbia e fez poucos jogos este ano. Precisa também jogar para pegar ritmo. Na saída de rede, o técnico Bernardinho também tem que decidir quem vai ficar fora dos Jogos Olímpicos: Vissotto, Théo ou Wallace.

Na fase final da Liga Mundial, o regulamento é simples: o Brasil está no mesmo grupo de Cuba e Polônia. No outro estão Bulgária, país sede da competição, Alemanha e Estados Unidos. Todos se enfrentam dentro das chaves. Os dois primeiros de cada grupo passam para as semifinais.

Os jogos do Brasil serão complicados. Cuba sofre de certa irregularidade, mas tem um grande time, comandado pelo garoto prodígio Wilfredo Leon, de 18 anos. O grande teste mesmo será contra a Polônia, a grande rival, comandada pelo italiano Andrea Anastasi. Nos quatro jogos disputados entre as duas seleções na fase de classificação da Liga, o Brasil perdeu três. Os poloneses ficaram em primeiro lugar na chave. O time brasileiro se classificou como segundo melhor colocado entre todas as chaves.

Está tudo complicado para o Brasil nesta temporada: muitas lesões, time ainda distante do que pode render e quem diria até um incêndio no caminho. Depois de quarenta horas de viagem para chegar à Bulgária, o time pegou um ônibus em direção ao hotel. Acredite se quiser: houve um princípio de incêndio no ônibus. No Twitter, o Giba escreveu: "Já chegamos e até ônibus pegando fogo nós aguentamos!!!". O Dante, também pelo Twitter, resumiu bem a situação: "Busão pegando fogo na chegada aqui na Bulgária, que fase!!!!"

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Um motivo a mais de preocupação para a torcida brasileira. A Rússia, atual bicampeã mundial e um dos fantasmas do Brasil, ganhou um reforço importante para os Jogos Olímpicos. A ponteira Liubov Sokolova, que tinha anunciado que não iria disputar os Jogos Olímpicos e nem estava treinando com a seleção, voltou atrás. Ela treinou por conta própria em junho e foi incluída na lista de atletas que vão jogar a Yeltsin Cup, a partir desta quarta-feira na Rússia.

O Brasil também vai disputar a Yeltsin Cup, mas com a seleção "B", comandada pelo Cláudio Pinheiro, auxiliar do técnico José Roberto Guimarães. As onze jogadoras inscritas são as seguintes: as levantadoras Ana Tiemi e Claudinha; as opostos Joycinha e Jú Nogueira; as ponteiras Sassá, Priscila Daroit e Gabi; as centrais Natasha, Andressa e Letícia Hage; e a líbero Suelen.

A estreia do Brasil será nesta quarta-feira contra a Itália. Na quinta-feira, pega a Polônia; na sexta, Cuba; e no sábado, a Rússia. Todos esses adversários vão estar com seus times completos. A seleção principal do Brasil, vice-campeã do Grand Prix, vai ficar treinando em Saquarema.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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