A força polonesa

Pode ficar de olho na Polônia nos Jogos Olímpicos. A equipe está jogando muita bola: conquistou a Liga Mundial de Vôlei e se tornou uma das grandes candidatas ao ouro olímpico. Na final, chegou até a surpreender com uma vitória tão fácil sobre os Estados Unidos por 3 sets a 0 (25/17, 26/24 e 25/20). Foi o primeiro título dos poloneses na Liga Mundial. Nesta temporada, eles foram os carrascos do Brasil. Em cinco jogos, ganharam quatro.

O que chama a atenção foi a transformação do time depois que o italiano Andrea Anastasi assumiu o comando. A Polônia, que já há algum tempo tem uma equipe competitiva, fazia bons jogos, mas acabava perdendo nos momentos decisivos. Com Anastasi e seu auxiliar, o também italiano Andrea Gardini, o time ganhou personalidade e segurança. Anastasi e Gardini têm um passado vitorioso: eles foram integrantes da seleção italiana nos seus anos dourados.

Até mesmo com o Brasil a postura da Polônia mudou muito com o Anastasi. As duas seleções, que tinham relações bem cordiais e até de uma admiração dos poloneses pelos brasileiros, viraram grandes rivais. Não faltam faíscas nos jogos entre as duas equipes.

A Polônia também está com um jogo mais agressivo no ataque e no saque. Na final contra os Estados Unidos, as estatísticas mostram bem isso. Os poloneses marcaram 41 pontos de ataque contra 32 dos americanos. No saque, foram sete aces contra três. No bloqueio, também tiveram vantagem: 11 a 7.

Para melhorar, a Polônia conta com pelo menos dois grandes jogadores que fazem a diferença: o ponteiro Kurek, 23 anos e 2,05 m, e o oposto Bartman. 24 anos e 1,98 m. Os dois são atacantes que viram bolas e resolvem. Contra os americanos, Barman foi o maior pontuador com 16 pontos e o Kurek com 15.

Na decisão da medalha de bronze, Cuba venceu a Bulgária por 3 sets a 2 (25/18, 19/25, 23/25, 25/23 e 15/12).

FEMININO

A seleção da Rússia, uma das grandes forças do vôlei feminino, foi a campeã da Copa Yeltsin. Na final, conquistou uma grande vitória sobre a Itália por 3 sets a 0 (25/23, 25/18 e 25/22). Mesmo sem contar com Sokolova e Kosheleva, a Rússia venceu todos os jogos e só perdeu um set na competição. A ponteira Sokolova deve voltar ao time em um triangular na próxima semana com a participação também da Itália e da Turquia.

O Brasil, com a seleção B, ficou em terceiro lugar. Cuba ficou em quarto e Polônia em quinto. A oposta russa Ekaterina Gamova foi eleita a melhor jogadora do torneio. A ponteira brasileira Gabi entrou na seleção do campeonato como a melhor recepção.