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cida santos

 

10/07/2012 - 19h00

A dispensa da Mari

Não foi uma surpresa a decisão do técnico José Roberto Guimarães de dispensar a atacante Mari da seleção de vôlei, que vai disputar os Jogos Olímpicos. Desde a temporada passada, ela não está jogando bem.

Foi mal na Copa do Mundo, não fez uma boa Superliga pelo Rio e, quando se apresentou à seleção, estava também com problemas físicos: uma tendinite no ombro direito, além de lesões na região lombar e no joelho esquerdo.

O técnico ainda insistiu com a atacante, até pelo histórico dela: é uma craque de bola. Foi uma das principais jogadoras na conquista do ouro olímpico em 2008. É uma pena que ela não esteja na sua melhor forma. Zé Roberto testou Mari como oposta, uma posição que tiraria dela a responsabilidade pela recepção. Mas nada deu muito certo. Mari chegou até a entrar em algumas inversões de rede e virar bolas importantes na última fase do Grand Prix, mas bem distante do que ela pode render.

Para complicar, o relacionamento da Mari com a oposto Sheilla também não era dos melhores, o que provocava certa desarmonia no grupo. Enfim, o certo é que a Mari não estava bem, mas sem ela o time perde poder de ataque.

A ponteira Natália, que também tem um braço pesado, ainda não tem a convocação garantida para a Olimpíada. Pode ser um dos dois últimos cortes. Sem elas, restam apenas Sheilla e Tandara com ataques mais fortes.

Com o corte da Mari, agora são 14 jogadoras treinando em Saquarema. As levantadoras já estão definidas: Fernandinha como titular e Dani Lins na reserva. Aliás, o corte da Fabíola, a melhor levantadora da Superliga e a titular da seleção na grande maioria dos jogos das duas últimas temporadas, ainda não deu para entender. Ok, que a Fernandinha ficasse como titular. Ela deu um bom ritmo para o time, mas a Fabíola tinha que ser a segunda opção.

As centrais também já estão definidas: Thaísa, Fabiana e Adenízia. As opostas devem ser Sheilla e Tandara. As ponteiras Jaqueline, Paula Pequeno e Fernanda Garay estão garantidas. Já Natália, que vem de duas cirurgias para a retirada de tumor benigno na canela, é uma das candidatas ao corte. Ela nem jogou a Superliga. A Sassá também pode ser outra opção de dispensa.

Quanto às líberos, a questão é se o técnico vai querer levar as duas, Fabi e Camila Brait, para os Jogos Olímpicos. Em caso positivo, vai ficar apenas com três ponteiras ou uma oposta, o que é muito arriscado. No Grand Prix, ele usou Camila mais na defesa e Fabi na recepção. Camila fez uma temporada melhor do que a Fabi. Resta saber o que o Zé Roberto vai priorizar no seu critério de corte: a melhor fase técnica ou a experiência.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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