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cida santos

 

29/08/2012 - 21h17

Tristeza russa

DE SÃO PAULO

Uma tristeza a morte do jovem técnico da Rússia, Sergey Ovchinnikov, de 43 anos. Ele estava no comando da seleção feminina de vôlei desde outubro do ano passado e também dirigia o Dínamo de Moscou. A imprensa local trata a morte do técnico como suicídio, mas a Federação Russa não confirma essa versão.

Nos depoimentos divulgados pela imprensa, dois chamam a atenção. O primeiro foi o do técnico Vladimir Alekno, campeão olímpico com a seleção masculina russa em Londres: "Ele tomou a Olimpíada de um modo muito pessoal. Eu vi o que ele estava passando e como estava decepcionado depois da eliminação". O outro depoimento foi o do ex-técnico da seleção feminina russa, Vladimir Kuzyutkin: "Sim, houve um tropeço na Olimpíada. Não sei porque ele não pode lidar com isso".

Esses depoimentos reforçam a hipótese de suicídio. Vale lembrar que a Rússia foi eliminada pelo Brasil nas quartas de final dos Jogos de Londres. Foi certamente a partida mais dramática do torneio. A seleção russa teve seis chances de fechar o jogo no quinto set e desperdiçou todas elas. Acabou perdendo por 3 sets a 2 e ficou fora da luta pela medalha olímpica. A Rússia, atual bicampeã mundial, era uma das favoritas ao título.

A morte de Sergey Ovchinnikov merece uma reflexão sobre a pressão sofrida por técnicos e atletas por bons resultados e também sobre a própria cobrança interna de cada um, muitas vezes bem exagerada. Infelizmente, nem todos estão preparados para lidar com as derrotas e todas as suas consequências. Daí a necessidade de trabalhar mais a questão psicológica tanto dos integrantes das comissões técnicas como das jogadoras.

O certo é que fica um trauma enorme para a seleção russa e para o mundo do vôlei. A morte do técnico vai estar sempre associada à derrota nos Jogos de Londres. Para completar as más notícias da Rússia, a seleção também perdeu uma de suas principais jogadoras. Sokolova anunciou sua aposentadoria do time nacional.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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