O Sul-americano de Clubes

O Cruzeiro, atual campeão da Superliga, vai disputar o Sul-americano de Clubes, que vale vaga para o Mundial de Clubes, em outubro, no Qatar. O torneio começa quarta-feira em Santiago, no Chile. São oito clubes divididos em dois grupos. Os campeonatos continentais ganharam mais prestígio nos últimos anos depois que se tornaram classificatórios para o Mundial. Antes disso, ninguém dava muita bola pra eles.

O Cruzeiro está com um timão. Manteve a base da equipe que foi campeã da Superliga. Um dos destaques é o William, que jogou muita bola na última temporada e foi eleito, com merecimento, o melhor levantador da Superliga.

Outro destaque é o oposto Wallace, que segurou a onda como titular da seleção nos Jogos de Londres no lugar do Leandro Vissotto, que se machucou. Wallace não se intimidou e fez grandes jogos. Ele tem as características de atacante cubano: uma impulsão fantástica, muita força e pega a bola lá no céu. Wallace crava umas bolas sensacionais antes da linha dos três metros. Difícil defender esses ataques.

O líbero do Cruzeiro é o Serginho, ex-Minas. É um dos melhores do país. Os centrais também são bons: o Acácio e o Douglas. Na ponta, tem o Filipe e o Maurício, uma das revelações da Superliga, 22 anos e 2 m. Ele chegou a ser convocado pelo técnico Bernardinho e treinou com a seleção na última Liga Mundial. Outra opção na ponta é o Sanches, ex-seleção cubana.

O técnico é bom e faz a diferença na equipe. É o argentino Marcelo Mendez, que já comandou a seleção da Espanha. Nas duas temporadas que ele dirigiu o Cruzeiro, o time disputou duas finais de Superliga e foi campeão em uma delas. Tá bom, né?

O time mineiro não vai ter muita dificuldade no Sul-americano. É o grande favorito. O UPCN, atual bicampeão argentino, deve ser o adversário mais complicado. Os dois devem decidir a primeiro lugar do grupo, que também conta o Deportivo Colón, do Paraguai, e o Carmelo Rowing, do Uruguai. Na outra chave estão Club Perless, do Peru, Huracanes de Bolívar, da Venezuela, o Deportivo Linares, do Chile, e o Universidad La Sale, da Bolívia.