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danuza leão

 

16/12/2012 - 08h58

Mais um

Já que estamos em pleno clima de Natal, como enfrentar os próximos dias que nos esperam? Eu tomei minhas resoluções e comecei a segui-las há uma semana.

Em primeiro lugar, sair de casa só por justíssima causa. Supermercado só aos domingos muito cedo, que é quando estão vazios, comprando o mínimo necessário para não morrer de fome. Pedir ao médico --se ele não estiver viajado e seu consultório ficar a não mais que um quarteirão de sua casa-- várias receitas de vários tranquilizantes e também de um poderoso sonífero para uma eventualidade mais grave (noite de 24). E passar direto na farmácia, para não ter que sair de novo e poder voltar para casa correndo.

Se você faz parte da turma que se estressa no fim do ano --e quem não o faz?-- peça a seu porteiro para não lhe entregar um só pacote com ares de presente de Natal. Que deixe tudo para depois de 6 de janeiro, quando todos os festejos estarão terminados. Só então você vai telefonar para quem lembrou de você e agradecer, dizendo que foi passar as festas no Equador e que adorou o presente. A única maneira de se liberar das lembrancinhas de Natal é jamais retribuí-las; um dia as pessoas compreendem. Mas o grande perigo é o telefone.

Se você faz parte dos 99,9 % que usam celular, é mais fácil, pois sabe quem está ligando e pode simplesmente não atender. Mas, se pertence à turma dos que, como eu, só têm telefone fixo --e com fio--, aí é preciso uma estratégia mais cuidadosa.

Para aqueles dois ou três amigos com quem você se entende, é preciso combinar. Eles devem ligar, deixar o telefone tocar uma vez e ligar de novo --aí você atende. As pessoas que você mais adora na família (que não são todas) têm o direito de saber desse código, assim você se liberta de ouvir o eternamente igual "Feliz Natal", coisa que eu nunca entendi muito bem. A não ser que seja uma pessoa verdadeiramente religiosa, que festeja com fervor o nascimento de Jesus --e eu não conheço ninguém assim--, não dá para entender porque as pessoas se desejam todas um feliz Natal. Eu entenderia melhor se todos os dias fosse cumprimentada pelo jornaleiro, pela vendedora da loja e por todos os meus amigos com um "feliz hoje"; não seria mais legal? E para se defender da programação natalina na TV, só o Animal Planet e o Canal Rural.

Como falta só uma semana, procure não se estressar: o Natal passa.

PS - Se nem os ministros do Supremo têm a mesma opinião sobre quem deve cassar os deputados condenados --se o STF ou a Câmara dos Deputados--, nós, simples mortais, muito menos. Mas eu torço para que essa situação seja decidida ficando essa incumbência para o Supremo, porque não tenho a menor confiança em nossos nobres deputados --nem tenho razão de ter. Não vamos nos esquecer que foram eles, em 2005, que votaram em Severino Cavalcanti com o claro intuito de bagunçar mais ainda a situação política na época, e acho perfeitamente possível que eles, escudados pelo voto secreto, sejam capazes de votar pela não cassação dos deputados condenados, o que seria uma total vergonha para o país e que pode perfeitamente acontecer.

E não entendo como o ministro Celso de Mello se esqueceu de se vacinar contra a gripe.

danuza leão

Danuza Leão, jornalista e escritora, aborda temas ligados às relações entre pais e filhos, homens e mulheres, crianças, adolescentes, além de outros assuntos do dia-a-dia. Publicou seu primeiro livro em 1992. Escreve aos domingos na versão impressa do caderno "Cotidiano".

 

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