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humberto luiz peron

 

28/03/2012 - 13h17

O básico

DE SÃO PAULO

Outro dia, parei para pensar qual seria a forma mais básica e eficiente de se armar um time taticamente. Aquela que, sem grandes invenções, poderia deixar um time bem distribuído no gramado, compacto e equilibrado, ou seja, com bom poder de marcação e, ao mesmo tempo, com boas opções no ataque.

O esquema tático que escolhi foi o 4-4-2 - pois, tirando o goleiro, os outros dez jogadores de linha poderiam desempenhar funções complementares em seus setores.

No sistema defensivo, a dupla de zagueiros precisaria ser formada por um defensor que possa sair da área e dar o combate e desarmar ao adversário - esse jogador também teria de ter habilidade para sair jogando e começar as jogadas ofensivas da equipe. Seu companheiro ficaria mais na sobra, atuando como último homem e também necessitaria ser eficiente nas jogadas de bolas aéreas.

Já os laterais teriam liberdade para apoiar e ajudar o sistema ofensivo, desde que fosse um de cada vez. Assim, o defensor que atua pelo lado, quando não tivesse no ataque, funcionaria como mais um zagueiro e ajudaria a dupla central em um eventual contra-ataque do adversário.

Seguindo em meus devaneios táticos, os dois volantes também precisam se completar. Assim, um deles teria de ser especialista em marcação e, em muitas vezes, caberia a ele marcar o principal jogador adversário.

O outro volante, além de marcar, teria a obrigação de se transformar em um armador - pelo lado contrário do lateral que está avançado - quando o time tivesse a posse de bola. Por isso, além de ter um excelente aproveitamento de passes, seria obrigatório que ele soubesse fazer lançamentos e conseguisse finalizar de média e longa distância.

Os dois meias teriam funções bem diferentes. Um seria o armador clássico e ditaria o ritmo do time - a ele caberia deixar os companheiros na cara do gol em passes precisos. E seria perfeito se ele também soubesse finalizar de fora da área.

O outro armador deveria jogar nas costas dos volantes adversários. Ele partiria para cima dos zagueiros, nunca deixando de buscar as jogadas individuais e ainda aparecer para tabelar com os atacantes.

Na marcação, os meias deveriam acompanhar o avanço dos volantes adversários.

Por fim, a dupla de ataque seria formada por um jogador bem veloz, capaz de atuar caindo pelos dois lados do campo e jogando sempre nas costas dos laterais do inimigo. Seu parceiro atuaria mais fixo entre os zagueiros, prendendo a atenção deles e, como se espera de todo bom centroavante, teria de saber se colocar muito bem dentro da área para receber bolas - ou aproveitar os rebotes - fazer os gols.

Sei que muitos podem achar minha armação de time um tanto simples demais e sem nenhuma novidade. Mas, para esses eu lembro que, no futebol, ganha quem consegue fazer muito bem o básico.

Até a próxima!

Mais pitacos em: www.twitter.com/humbertoperon

DESTAQUE
Mais dois mortos numa batalha entre torcidas uniformizadas. Briga que teria sido marcada pela internet e que seria uma vingança do assassinato de um torcedor no ano passado. Afastar as torcidas envolvidas, como no caso a Mancha Alviverde e a Gaviões da Fiel, dos estádios é uma punição branda e que não vai resolver o problema da violência gerada pelos torcedores. Já passou da hora de serem criadas leis duras e que realmente punam esses indivíduos que participam de pancadarias em eventos como esse. Todos nós adoramos futebol, mas levar essa disputa ao extremo e correr o risco de morrer por causa de um simples jogo é uma ignorância sem tamanho.

ERA PARA SER DESTAQUE
Uma pena que essa briga entre torcedores nos faça esquecer o jogo agradável que tivemos no gramado. No primeiro tempo, o Palmeiras foi bem melhor e teve a chance de decidir a partida. Já, na etapa final, o Corinthians foi bem superior, sobretudo nos primeiros minutos, quando a equipe de Tite teve uma atuação impecável - pois, além de fazer os dois gols, não deixou o Palmeiras respirar e tomou conta do jogo.

humberto luiz peron

Humberto Luiz Peron é jornalista esportivo, especializado na cobertura de futebol, editor da revista "Monet" e colaborador do diário "Lance". Escreve às terças-feiras no site da Folha.

 

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