Publicidade
Publicidade
gilberto dimenstein
Chantagem de Dilma e Alckmin
Quase ninguém mais se espanta, afinal todos fazem isso há muito tempo --mas é um absurdo . Para dar força aos seus candidatos a prefeito em São Paulo -- José Serra e Fernando Haddad-- a presidente e o governador enviam, nas entrelinhas, uma mensagem: ajudarão mais a cidade, dependendo dos resultados das urnas. É mais um indício, entretanto, da baixa cidadania do brasileiro.
Triste que, no século 21, alguém ainda tenha de explicar que o dinheiro do contribuinte não é de um partido, mas público. Óbvio, não é? Não, não é óbvio.
Se fosse óbvio, a presidente e o governador de São Paulo não venderiam a suspeita de que o paulistano será punido dependendo de quem vencer a eleição.
Uma das desgraças paulistanas, entre muitas, é que, raramente, temos projetos que envolvam harmonicamente os governos federal, estadual e municipal. Se houvesse essa harmonia, provavelmente teríamos mais linhas de metrô.
A palavra pode parecer dura, mas é essa mesma: no fundo, o que a presidente e o governador fazem, por trás de uma capa de polidez, é chantagem.
*
Celso Russomanno diz que, se eleito, quer acabar com a "indústria da multa". Por causa dessa "indústria", segundo ele, a prefeitura decidiu baixar os limites de velocidade.
Se eleito (e cumprir sua promessa), Russomanno vai produziu um resultado diabólico: mais sangue nas ruas.
![gilberto dimenstein](http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/11133184.jpeg)
Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.
As Últimas que Você não Leu
Publicidade