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Ao assumir Segurança, Jungmann liga morador do Rio a auxílio ao crime

Ex-ministro da Defesa disse que o consumo de drogas sustenta violência

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Brasília

O novo ministro da Segurança Pública, Raul ​Jungmann, afirmou nesta terça-feira (27) em sua posse no Palácio do Planalto que parte da população do Rio de Janeiro clama pelo fim da violência mas, ao mesmo tempo, financia o crime organizado por meio do consumo de drogas.

“​Me impressiona o exemplo do Rio, durante o dia [pessoas] clamarem contra a violência, contra o crime, e, à noite, financiarem esse mesmo crime através do consumo de drogas”, disse Jungmann, que falou sobre uma “frouxidão de valores” que levaria às drogas pessoas de classe média às quais “nada falta, aqueles que têm recursos”. Jungmann deixou a pasta da Defesa para assumir a Segurança Pública.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, é cumprimentado pelo presidente Michel Temer
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, é cumprimentado pelo presidente Michel Temer - Pedro Ladeira/Folhapress

Foram à posse no Palácio do Planalto, além do presidente Michel Temer, membros do governo, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE) e três ministros do STF (Supremo Tribunal Federal): Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes.

Em seu discurso de posse, Jungmann afirmou que o novo ministério deve se comprometer com a coordenação das ações na área de segurança pública em conjunto com Estados e municípios. “A União precisa ampliar suas responsabilidades e coordenar, enquanto governo, a interação com entes federativos. Cooordenar os entes dentro de uma política cidadã.”

Segundo Jungmann, a nova pasta vai “combater duramente o crime organizado, mas sem jamais desconsiderar a lei e os direitos humanos”.

Sem citar nomes, Jungmann disse que “existem aqueles que propõem combater o crime através da barbárie”. “O Estado e a sociedade não podem se equiparar ao crime organizado, sob pena de a ele se igualar. Temos que combater dentro da lei e dentro do respeito aos direitos humanos, e disso não abramos mão.”

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