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Trio suspeito de desviar R$ 400 mi em golpes é preso com carros de luxo

Operação em SP revelou esquema que usava informações de clientes de bancos

Alfredo Henrique
São Paulo | Agora

Três pessoas foram presas por volta das 10h desta quarta (10) sob suspeita de desviar cerca de R$ 400 milhões realizando golpes em que capturavam informações de clientes de bancos, via internet banking e cartões de crédito. A cifra milionária foi arrecadada em um ano e meio de esquema.

Um dos presos, Pablo Borges, 24, era conhecido nas colunas sociais como “investidor do mercado financeiro”. A defesa dele não foi localizada pela reportagem.

As prisões ocorreram em São Vicente (no litoral de SP), Santana de Parnaíba e Francisco Morato (ambas na Grande São Paulo).

Segundo o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), o trio golpista é apontado como o principal operador de fraudes contra clientes de estabelecimentos de crédito e bancários. A identidade dos outros dois não foi revelada.

A investigação, que durou cerca de seis meses, indicou que os criminosos criaram cinco empresas com o intuito de movimentar o dinheiro proveniente dos golpes.

Os escritórios ocupam um único andar de 600 metros quadrados no Itaim Bibi (zona sul), com aluguel de R$ 200 mil mensais.

O delegado José Mariano de Araújo Filho, da 4ª Delegacia de investigação de crimes eletrônicos afirmou que o esquema criminoso permitia que os acusados mantivessem uma vida “de ostentação” com carros de luxo e gastos milionários, como a locação de um iate, por R$ 40 mil a diária, durante uma viagem à Europa.

Foram apreendidos carros de luxo como Ferrari, Lamborghini, Audi, Porsche, Maserati, avaliados em cerca de R$ 20 milhões, além de joias de grifes internacionais e computadores utilizados nas transações.

Segundo o Deic, Pablo Borges e sua noiva, uma modelo de 22 anos, usaram coroas, cravejadas de joias, em um evento, no fim do mês passado, que precedeu o casamento deles, que aconteceria nesta sexta (12). “A operação deve impedir um dos momentos mais altos de ostentação de Borges”, diz em nota.

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