Mortes: Levou a vida com trabalho e alegria ao som de 'My Way'

Marcus Vinicius presidiu o Inep por dois meses no início da gestão Bolsonaro

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São Paulo

Cearense de Fortaleza, Marcus Vinicius Carvalho Rodrigues era o furacão em pessoa. Extrovertido, espalhava alegria em casa e no trabalho; intenso na vitalidade e energia.

"Ele acordava muito cedo para trabalhar, por volta de 5h, 6h, e acordava as pessoas que trabalhavam com ele. O Marcus dizia que dormir e comer é quando você não tem trabalho", conta a psicóloga Telma Alexandre Araújo Amorim, 54, sua esposa. Eles ficaram casados por 27 anos.

Criativo, era cheio de frases. "Vai e faça. Pedir desculpas depois é mais fácil", afirmava sobre a importância de ser proativo.

Marcus Vinicius Carvalho Rodrigues (1955-2021)
Marcus Vinicius Carvalho Rodrigues (1955-2021) - Arquivo pessoal

Marcus gostava de mexer com as plantas e escutar música na boate que montou dentro de casa, um espaço com globo, luzes, caixas de som e telão. "My Way" na voz de Elvis Presley era música de sua vida. Completa a lista de preferências os sambas e as canções de cantores cearenses.

"Ele foi bairrista com relação ao Ceará. Em outubro de 2021, recebeu a medalha Edson Queiroz, outorgada aos cearenses que tiveram destaque", afirma Telma.

Marcus era engenheiro eletricista pela Universidade Federal do Ceará, especialista em formação de executivos pela Esap (Escola Superior de Administração Postal)/Correios, mestre em administração de empresas pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutor em engenharia da produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Profissionalmente, foi dono de um longo currículo. Foi executivo dos Correios e assessor especial da presidência da FGV (Fundação Getúlio Vargas), onde também lecionou, entre outros trabalhos.

No Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), foi o primeiro a presidir o órgão na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas deixou o cargo após dois meses.

Ao lado de Telma dirigia uma empresa de consultoria e treinamento empresarial que possui parceria com diversos países da África de língua portuguesa.

Estudioso e apaixonado pela escrita, é autor de 18 livros —além de outros dois que deixou prontos— e de dezenas de artigos técnicos em periódicos especializados. Marcus também era membro vitalício da Academia Brasileira de Ciência da Administração.

Marcus descobriu um câncer em abril de 2021. Ele morreu dia 13 de dezembro, aos 66 anos, por complicações da doença. Deixa a esposa Telma Amorim, as filhas Gabriela, Samantha e Sabrina, e o neto Thomás.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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