Thiago Brennand tem até esta sexta (23) para retornar ao Brasil

Advogado diz que herdeiro pode ser considerado foragido caso não volte ao país na data estabelecida pela Justiça de São Paulo

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São Paulo

O herdeiro e empresário Thiago Brennand Fernandes Vieira, 42, tem até o fim desta sexta-feira (23) para retornar ao Brasil, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele viajou para Dubai no último dia 4 de setembro, horas antes de ser denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por suspeita de lesão corporal e corrupção de menores e de os promotores terem pedido a apreensão do passaporte dele.

Brennand ficou conhecido no mês passado após agredir a modelo Alliny Helena Gomes, 37, durante discussão em uma academia de ginástica na zona oeste de São Paulo. Ele também é investigado sob a suspeita de 11 crimes sexuais.

Vídeo de Thiago Brennand publicado em seu canal no YouTube, em 2017
Vídeo de Thiago Brennand publicado em seu canal no YouTube, em 2017 - Reprodução/YouTube

Na ocasião, a Justiça determinou que Brennand retornasse num período de dez dias ao Brasil. Procurado, o Tribunal de Justiça se limitou a dizer que o prazo expira nesta sexta. "Esta é a única informação que podemos transmitir no momento, para não prejudicar o processo. Inclusive, os autos tramitam em segredo de Justiça", disse o tribunal, em nota.

O Ministério Público também afirmou que não pode comentar o caso. Segundo o advogado Marcio Cezar Janjacomo Junior, à frente da defesa de Alliny Helena Gomes, 37, vítima das agressões do empresário e que também atua no processo como assistente da acusação, a Promotoria pode tomar diversas medidas se Brennand não retornar ao Brasil no prazo estabelecido.

O advogado afirma que isso poderia configurar um descumprimento de ordem judicial, o que poderia agravar a pena dele. Além disso, pode reforçar o pedido de prisão preventiva já realizado pelo escritório e, se houver indícios de que ele estaria vendendo os próprios bens, a Justiça poderia congelá-los. Há, ainda, o risco de Brennand se tornar foragido.

A reportagem entrou em contato com um dos advogados de Brennand, Pedro Luiz Cunha Alves de Oliveira, que não respondeu se mantém contato com o suspeito e se ele deve retornar na data estabelecida pela Justiça de São Paulo.

Alves de Oliveira declarou que a questão do regresso de Brennand "é relativa às medidas cautelares decretadas por uma juíza de São Paulo e ainda estão pendentes de análise pelo Tribunal de Justiça". No entanto, a defesa do empresário teve negado o pedido revogação de medida cautelar, que o obrigava a entregar o passaporte e determinava o regresso para o Brasil.

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