Descrição de chapéu transporte público

Paralisações de ônibus afetam passageiros e prefeitura suspende rodízio em SP

Trabalhadores realizaram assembleias nas garagens de nove empresas na madrugada desta segunda (29); novas manifestações devem ocorrer ao longo da semana

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São Paulo

Nove empresas de ônibus do transporte público de São Paulo tiveram paralisações no início da manhã desta segunda-feira (29), o que ocasionou demora na liberação das frotas e atrasos nos terminais.

Segundo a SPTrans, a circulação dos coletivos está sendo normalizada gradativamente. Por volta das 7h40, a Prefeitura de São Paulo decidiu suspender o rodízio municipal de veículos durante todo o dia. Veículos com placas finais 1 e 2 podem circular normalmente, mas a restrição permanece nos corredores e faixas exclusivas.

Entre as empresas que registraram paralisações, quatro ficam na zona sul, duas na zona oeste, duas na zona norte e uma na zona leste (veja lista abaixo). De acordo com a SPTrans, aproximadamente 50% da frota de ônibus da capital ficou parada na garagem durante a paralisação, afetando cerca de 700 mil passageiros.

O motivo foi a realização de assembleias de motoristas e cobradores, ocorridas entre 3h e 5h. O movimento foi organizado pelo sindicato da categoria e dá início a uma semana mobilizações motivadas por negociações salariais.

Sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo realizou assembleia com trabalhadores na garagem da Viação Campo Belo, na zona sul. Outras oito empresas tiveram paralisações na manhã desta segunda-feira (29). - Divulgação/SindMotoristas

Em nota, o SindMotoristas informou que o protesto foi marcado devido à falta de uma nova proposta do setor patronal com "valorização das cláusulas econômicas e, especial, a volta dos 30 minutos de refeição remunerados".

Segundo a SPTrans, não foi respeitado o prazo legal de 72 horas para comunicação oficial antecipada à população e ao órgão gestor de paralisação de serviço essencial, o que prejudicou a população. O sindicato argumenta que divulgou a assembleia em seu site oficial na última sexta-feira (26), mas a companhia diz que esse não foi um comunicado oficial.

A SPTrans disse que solicitou apoio do policiamento nas garagens e que deve registrar boletim de ocorrência "para que os envolvidos na interrupção de serviço essencial à população sejam responsabilizados". As empresas também serão autuadas pelas viagens não realizadas no período da paralisação.

Novas manifestações

Questionado, o sindicato dos motoristas e cobradores disse que a agenda de mobilizações dessa semana não deve trazer mais prejuízo à operação dos ônibus. Para terça-feira (30), às 15h, a categoria prevê uma passeata com funcionários que estiverem fora do expediente em direção à Prefeitura de São Paulo.

Já na quarta (31), os trabalhadores devem realizar protesto com carro de som no terminal Parque Dom Pedro II. O SindMotoristas disse que não prevê bloqueios na área durante a manifestação.

"Já estamos sabendo disso e vamos tomar algumas atitudes operacionais para que a população não fique prejudicada", disse o diretor de operações da SPTrans Wagner Chagas, em entrevista à rádio CBN

Procurado, o SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) disse que lamenta o posicionamento adotado pelo SindMotoristas durante as negociações para a Convenção Coletiva 22/23. "Esperamos que a ética e o bom sendo prevaleçam e as negociações prossigam sem mais movimentos que prejudiquem a população usuária desse serviço essencial", disse em comunicado.

Veja empresas afetadas pelas paralisações nas garagens:

  • Viação Grajaú (zona sul)
  • MobiBrasil (zona sul)
  • Viação Campo Belo (zona sul)
  • KBPX (zona sul)
  • Santa Brígida (zona norte)
  • Sambaiba (zona norte)
  • Gato Preto (zona oeste)
  • Transppass (zona oeste)
  • Metrópole 3 (zona leste)
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